Sábado, 12 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 4 de janeiro de 2022
O Reino Unido registrou nesta terça-feira (4) mais 218.724 novos casos diários de covid-19, maior número de contágios em um único dia desde o início da pandemia.
O país também atinge pela primeira vez a marca de 200 mil diagnósticos positivos diários, e relatou mais 48 mortes em decorrência da doença, segundo dados divulgados pelo governo britânico.
No entanto, estes números incluem dados correspondentes a várias datas, uma vez que houve atrasos em todo o país na atualização de infecções durante as festas de fim de ano.
Segundo o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o balanço “mostra que a pandemia não acabou e aqueles que pensam assim estão profundamente errados”.
O premiê britânico também ressaltou que a variante ômicron parece ser mais leve do que a cepa anterior e que isso, combinado com as vacinas, está limitando o número de casos graves, apesar da quantidade de internações estar aumentando significativamente nos hospitais.
Johnson defendeu ainda que a população receba, o quanto antes, uma dose de reforço e pediu que todos respeitem as orientações oficiais, tendo em vista que o país não deve adotar novas medidas restritivas ou até mesmo um lockdown.
Até agora, 60% da população com mais de 12 anos já tomaram a dose de reforço contra a covid-19.
Além do Reino Unido, a França também registrou mais de 200 mil casos diários hoje. Ao todo, foram 271.686 contágios, de acordo com as autoridades sanitárias.
O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, informou que, pela primeira vez em meses, o número de pacientes hospitalizados com covid-19 ultrapassou a marca de 20 mil casos (20.186), quase 600 a mais do que segunda (3).
Até o momento, mais de 25,5 milhões de franceses receberam uma dose de reforço, enquanto que 51.833.129 pessoas têm um esquema de vacinação completo.
Economia aberta
O governo britânico vai dobrar a aposta e manter a economia aberta enquanto enfrenta novos recordes diários de contaminações por covid-19.
Boris Johnson anunciou medidas para mitigar as consequências da pandemia sobre o funcionamento do país. E descartou, pelo menos por enquanto, qualquer restrição sanitária adicional.
Com milhões de trabalhadores doentes ou afastados por conta do isolamento obrigatório, falta gente para atender em hospitais e transportar alimentos. Por esta razão, a ordem agora é que contingentes das forças armadas sejam deslocados para reforçar o pessoal nos serviços sanitários mais afetados. Dez grandes hospitais decretaram emergência.
Novos leitos físicos estarão disponíveis a partir dos próximos dias, assim como o que o premiê chamou de “leitos virtuais”. Para evitar o desabastecimento da sociedade, que já acontece em situações pontuais, a equipe de Johnson identificou cerca de 100 mil trabalhadores considerados essenciais que receberão a partir da semana que vem diariamente kits de testagem para a covid-19.