Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2016
O relatório sobre o acidente aéreo que matou o ex-jogador Fernandão e mais quatro pessoas, divulgado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), aponta que o piloto tomou decisões que contribuíram à queda do helicóptero. Milton Ananias não tinha habilitação para voo noturno e a jornada de trabalho foi prorrogada.
Ídolo do Goiás e do Inter, Fernando Lúcio da Costa, 36 anos, morreu no dia 7 de junho de 2014, em Aruanã, a 315 quilômetros de Goiânia (GO). O helicóptero caiu logo após deixar um acampamento às margens do rio Araguaia. Segundo o relatório, as condições meteorológicas eram favoráveis. Exames no sistema de controle de voo não indicaram falhas na aeronave. Conforme o documento, o local de decolagem não era registrado e não tinha referências luminosas no solo.
O documento do Cenipa ressalta o fato de o piloto ter deixado de avaliar que as características físicas e operacionais do local de decolagem poderiam afetar a segurança do voo, “decidindo pela operação em período noturno, em local sem referências visuais externas”. Ainda constam desorientação, causada pela ausência de iluminação no solo, fadiga e ilusões visuais devido à “má percepção do horizonte”. Os outros passageiros eram Edmilson de Sousa Lemes, cabo da Polícia Militar e presidente da Câmara Municipal de Palmeiras de Goiás; Antônio de Pádua e Lindomar Mendes Vieira, funcionário da fazenda de Fernandão.