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Brasil Relatório da Fiocruz indica aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Rio Grande do Sul

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Principal suspeita é a de que o fato esteja associado à gripe e ao coronavírus. (Foto: EBC)

Boletim divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que o mês de abril teve aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre a população do Rio Grande do Sul. A principal suspeita é a de que o fato esteja associado à gripe e ao coronavírus, este último com pequena alta de casos leves.

Embora não se destaque no cenário nacional, o vírus Influenza A (uma das três cepas responsáveis pelos casos atuais de gripe) vem sendo observado em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul, especialmente nas últimas cinco semanas.

Porto Alegre está entre as 11 capitais brasileiras (de um total de 27) que apresentaram sinal de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave na tendência de longo prazo durante o período analisado. Também aparecem Florianópolis (SC) e Curitiba (PR).

As demais são Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Maceió (AL), Manaus (AM), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e Vitória (ES). Em Goiânia (GO), Macapá (AP) e Palmas (TO), por sua vez, foi verificado sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo.

Situação nacional

É não é só em território gaúcho. Outros 13 Estados (de um total de 27 unidades federativas) apresentam sinal de crescimento de SRAG nas últimas seis semanas (longo prazo): Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Os demais têm indicativo de estabilidade ou mesmo queda nesse tipo de ocorrência. Em Goiás foi verificado um aspecto adicional: elevação na tendência nas últimas três semanas (curto prazo).

O crescimento foi identificado na Semana Epidemiológica (SE) nº 17, de 24 a 30 de abril. A base são aos dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 2 de maio. Esse crescimento se diferencia do observado ao longo de fevereiro e março.

Nesse período, o sinal de crescimento esteve fundamentalmente restrito à população infantil (até 4 anos e dos 5 aos 11). De 24 a 30 de abril, as estimativas apontam para 4,7 mil casos, dos quais cerca de 2,3 mil envolveram crianças de zero a 4 anos.

Nas crianças de até 4 anos, o estudo mostra que o aumento de SRAG foi marcado pelo crescimento nos casos positivos para vírus sincicial respiratório (VSR) e leve aumento nos casos de rinovírus. Já no grupo de 5 a 11 anos, observa-se sinal de interrupção de queda nos resultados positivos para covid na segunda quinzena de fevereiro. Houve também aumento na detecção de outros vírus respiratórios no mês de março, com predomínio de positivos para rinovírus.

“Os dados laboratoriais associados aos casos de SRAG ainda não nos permitem precisar (se o aumento decorre de covid ou Influenza A)”, prossegue a Fiocruz, acrescentando que:

“As próximas atualizações poderão trazer maior clareza. Mas é importante que a rede laboratorial esteja atenta à possibilidade de circulação simultânea desses dois vírus respiratórios, fazendo testes para ambos sempre que possível, a fim de que possamos contar com dados adequados na caracterização de quais estão causando as internações.”

(Marcello Campos)

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