Ícone do site Jornal O Sul

Relatório indica que o número de mortes provocadas pela Aids no mundo caiu 26% nos últimos cinco anos

O número de mortes por aids no Brasil ficou estável em 14 mil vítimas por ano. (Foto: Reprodução)

O número de mortes provocadas pela Aids caiu 26% nos últimos cinco anos, graças ao fato de 17 milhões de pessoas em todo mundo estarem recebendo tratamento antirretroviral, indicou um relatório apresentado nesta terça-feira (31) pelo Unaids (Programa das Nações Unidas para a Luta contra a Aids).

A cobertura do tratamento contra o HIV cresceu em nível global, especialmente nas regiões mais afetadas – o Sul e o Leste da África –, onde o acesso aos antirretrovirais passou de 24% em 2010 para 54% em 2015, o que possibilitou auxiliar mais de 10 milhões de pessoas.

“Pedimos a todos os países que aproveitem essa oportunidade sem precedentes para iniciar os programas de prevenção e tratamento contra a Aids com o objetivo de pôr fim à epidemia em 2030”, afirmou o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, durante a apresentação do relatório em Nairóbi, capital do Quênia.

A redução da mortalidade foi maior entre as mulheres (33%) em comparação aos homens (15%). Segundo o documento, isso ocorreu porque os homens iniciam o tratamento de forma mais tardia. Por outro lado, a quantidade de contágios praticamente não variou nos últimos anos. Em 2015, de acordo com a Unaids, foram registradas 2,1 milhões de transmissões da doença.

Na África Subsaariana, 25% dos novos contágios ocorreram entre as jovens. O índice sobe para 56% entre as mulheres de forma geral. “Isso ocorre devido às desigualdades de gênero, o acesso insuficiente à educação e serviços de saúde sexual e reprodutiva, além da pobreza, da insegurança alimentar e da violência”, indicou o relatório do órgão das Nações Unidas.

A Unaids reiterou que a luta contra a Aids tem que dar maior ênfase aos trabalhadores sexuais, consumidores de drogas injetáveis, presos, transexuais e homossexuais, já que esses são os grupos que estão expostos a um maior risco de contágio. (AG)

 

Sair da versão mobile