Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2021
Jornalista, de 56 anos, está à frente do novo podcast
Foto: Reprodução/InstagramApresentadora, correspondente internacional e repórter, a jornalista Renata Ceribelli, de 56 anos, já ocupou diferentes funções na Globo desde 1999, quando passou a fazer parte da equipe do Fantástico. Em todas, contudo, ela pôde exercer sua capacidade de contar boas histórias.
Agora, a jornalista está disponível em um novo formato: ela é a apresentadora do podcast Prazer, Renata, disponível no Globoplay, no G1 e nas principais plataformas de áudio, no qual apresenta conversas e trocas de experiências entre mulheres de diferentes gerações.
“Já parou para pensar o quão enriquecedor é escutar as diferentes gerações? Imagina então reunir mulheres de diferentes idades, momentos e fases de vida para debater temas voltados ao universo feminino? Sou de uma geração formada por mulheres corajosas, que não tiveram medo de deixar dois ou três casamentos e recomeçar a vida em busca da felicidade”, diz Renata, que se aventura no universo do áudio.
“Tem sido um grande aprendizado para mim. É uma espécie de libertação de imagem, pois ninguém vai reparar o que visto ou calço, apenas o que eu falo e as minhas palavras”, completa ela, que é mãe dos gêmeos Marcela e Rodrigo, de 30 anos, de sua relação com o ex-marido, o médico Lenilson Moreira Filho.
Puberdade e menopausa, vida profissional e pessoal, viver bem depois dos 60 anos de idade, relação entre mães e filhas e sexo são alguns dos temas que norteiam o programa. Todos os episódios de Prazer, Renata são semanais e lançados sempre às segundas-feiras.
Os 50 são os novos 40?
“Não sei se isso importa. Eu acho que cada vez menos a idade vai ser importante nas relações pessoais, familiares, amorosas e profissionais. Somos resultado da experiência que temos na vida. E é o tempo que nos traz essa experiência”.
Você já se sentiu “invisível” depois dos 40, 50?
“Não dá para dizer que não. Pois estou inserida em uma sociedade em que mulheres vão se tornando invisíveis ou “descartadas” conforme envelhecem. Eu diria principalmente depois dos 50 ou 60 anos. Eu me lembrei agora de uma história que uma amiga me contou sobre uma mulher que ela conhecia muito e que já tinha passado dos 60. Um dia essa mulher, que sempre foi muito discreta, apareceu com os cabelos pintados de rosa ou azul, não me lembro. E essa minha amiga perguntou: ‘por que você fez isso?’ E ela respondeu: ‘para não ficar invisível’. Está mais do que na hora de não precisarmos pintar o cabelo ou fazer qualquer outra coisa para termos visibilidade conforme envelhecemos. Por isso insisto na cumplicidade entre mulheres de diferentes gerações. Só essa cumplicidade vai impedir que alguém se refira a uma mulher com desrespeito em função de sua aparência pela idade ou pelo que quer que seja.”