O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, atacou o presidente da Aceg (Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos), Rogério Amaral, durante entrevista coletiva após a vitória do Tricolor por 2 a 1 diante do São Paulo, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro.
O resultado afastou o Grêmio do risco de rebaixamento para a Série B. “Esse tal de Rogério Amaral, que é presidente da Aceg. Esse é um débil mental, esse é um idiota, pela nota que ele ajudou a escrever lá. Sabe por que você é um idiota, Rogério? Porque, infelizmente, no ano passado, lá no Beira-Rio, o episódio com um cidadão na briga com uma criança no colo dentro do campo, hoje ele é a associado da Aceg. Eu estou falando. Você é um delinquente e, por favor, me processa, que eu vou processar também”, disse Renato.
No fim do mês passado, a Aceg, a ARI (Associação Riograndense de Imprensa) e a Aceb (Associação dos Cronistas Esportivos do Brasil) divulgaram uma nota após o técnico gremista ter feito ameaças a jornalistas.
“A Associação Riograndense de Imprensa, a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos e a Associação dos Cronistas Esportivos do Brasil manifestam veemente repúdio às acusações genéricas e às ameaças irresponsáveis proferidas de forma reiterada pelo treinador Renato Portaluppi, do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, contra profissionais da imprensa do Rio Grande do Sul. Embora tenha todo o direito de questionar críticas e de contestar informações que julga equivocadas, o referido profissional age no limite da delinquência e compromete a integridade do clube que defende ao incitar a torcida a constranger jornalistas e seus familiares, como fez na entrevista coletiva que concedeu depois do jogo em Belo Horizonte. Ao divulgar publicamente esta posição conjunta, a ARI, a Aceg e a Aceb conclamam as autoridades no sentido de prevenir consequências graves para manifestações de tamanha irresponsabilidade”, diz o texto.
Entrevistas
Após a vitória contra o São Paulo, Renato não permitiu que seus atletas dessem entrevista à imprensa. Enquanto Villasanti falava com os repórteres na saída de campo, o treinador retirou o volante do local e o levou para o vestiário.
Depois, Renato explicou a sua decisão na entrevista coletiva. “Eu tirei os jogadores dali porque a parte psicológica deles está muito afetada. Eu pedi ao presidente para que os jogadores saíssem por outra saída, para falarem com vocês sempre depois do banho. Isso porque, quando o jogador sai do jogo, ele está sempre de cabeça quente. Então, no momento em que ele fala com vocês de cabeça fria, depois do banho, é diferente. Hoje eu tirei alguns jogadores dali porque eles estavam de cabeça quente”, afirmou.