Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2015
Um dia depois de ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi ovacionado por integrantes da Força Sindical em um evento na sede da entidade, em São Paulo, nesta sexta-feira (21). Em seu discurso, o peemedebista afirmou que, mesmo diante da possibilidade de se tornar réu no STF (Supremo Tribunal Federal), ele não cogita renunciar ao comando da casa legislativa. Eleito para a presidência da Câmara em fevereiro, Cunha tem mandato até 2017.
“Ninguém pode ser previamente condenado. Estou absolutamente sereno. Nada alterará o meu comportamento. Não adianta nenhuma especulação sobre o que vou fazer ou deixar de fazer. Não vou abrir mão de nenhum direito. Não há a menor possibilidade de eu não continuar no comando da Câmara, abrindo mão daquilo que a maioria absoluta me elegeu em primeiro turno. Renúncia é um ato unilateral. Isso não faz parte do meu vocabulário, e não fará. Assim como covardia”, declarou Cunha.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta-feira (20) ao STF denúncias contra Cunha e contra o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava-Jato. Na denúncia contra Cunha, a Procuradoria também pede que sejam devolvidos 80 milhões de dólares – 40 milhões de dólares como restituição de valores supostamente desviados e mais 40 milhões de dólares por reparação de danos. A PGR estima essa quantia em 277,36 milhões de reais, pela cotação atual. (AG)