O governo da República Dominicana quer estreitar relações comerciais com o Rio Grande do Sul, por meio de produtos agrícolas, equipamentos e calçados. A manifestação de interesse foi feita à secretária gaúcha de Relações Federativas e Internacionais, Ana Amélia Lemos, e à diretora-geral Patrícia Kotlinski, por representantes do país caribenho.
Elas receberam em Brasília o ministro-conselheiro da Embaixada dominicana, Marino Castillo Lacay, e o conselheiro de Assuntos Políticos José Loreto Julián. A comitiva relatou que a embaixadora Patrícia Villegas de Jorge planeja para este trimestre uma visita oficial ao Estado.
A iniciativa abrange uma agenda de encontros com o governador Eduardo Leite e líderes da área econômica e de instituições de ensino superior. Também está nos planos conhecer pessoalmente o trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no segmento de uva e vinho em Bento Gonçalves.
Vizinha do Haiti e próxima de Cuba, a República Dominicana importa tabaco do Rio Grande do Sul. O país insular tem 10 milhões de habitantes, embora com território equivalente ao do Estado do Espírito Santo. Sua principal atividade econômica é o turismo, aspecto que também motiva ambas as partes a compartilharem experiências com protagonistas do setor na Serra Gaúcha.
Estados Unidos
Na semana passada, o governador Eduardo Leite participou de videoconferência com o encarregado de negócios da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff, e com o cônsul-geral norte-americano em Porto Alegre, Shane Christensen.
Durante a reunião, foram abordados temas relacionados ao aprofundamento da integração nas áreas de economia, meio ambiente, segurança pública, tecnologia e educação.
Em junho do ano passado, o governo do Estado assinou um memorando de entendimento com a Embaixada dos Estados Unidos para o desenvolvimento de ações de cooperação nessas e em outras áreas.
Na videoconferência, foram analisados os avanços nos projetos de colaboração e apresentado um calendário com ações e atividades propostas já para este semestre, incluindo eventos ligados à preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, tecnologia e inovação, segurança pública e educação.
Christensen abordou a universalidade da inclusão social e ressaltou que a cooperação com o Rio Grande do Sul também envolverá intercâmbios educacionais e esforços para que os compromissos climáticos sejam alcançados, com base na cooperação ambiental compartilhada.
Leite destacou temas em que a troca com os Estados Unidos deve se intensificar em 2022. “Há muita sinergia entre o Rio Grande do Sul e os Estados Unidos no entendimento sobre o meio ambiente, por exemplo”, frisou, acrescentando que:
“Nossas metas também devem se debruçar sobre a cooperação econômica, especialmente na área de tecnologia. E na operação de segurança tivemos um bom intercâmbio através de seminários e palestras em que as experiências americanas foram trazidas para as nossas equipes. Queremos intensificar essa parceria, principalmente para tecnologias aplicadas à segurança”.
Koneff afirmou que o Rio Grande do Sul se destaca entre os governos subnacionais ao citar o compromisso do Estado com iniciativas como a produção de hidrogênio verde e a liderança do governador Eduardo Leite na gestão da pandemia de Covid-19 e no estímulo à inovação:
“É um importante engajamento subnacional e progredimos muito desde a assinatura do memorando. Podemos ir longe trabalhando juntos, especialmente nas áreas de segurança, nas parcerias econômicas e culturais e no crescimento do ecossistema de inovação que o governador está promovendo no Estado”.
(Marcello Campos)