A República Dominicana suspendeu, nesta terça-feira (5), as operações aéreas de passageiros vindos do Haiti ou com destino ao país vizinho. A medida, com efeito imediato, foi emitida pelo Conselho de Aviação Civil da República Dominicana (JAC).
Nele, o presidente da JAC, José Ernesto Marte Piantini, explica que “circunstâncias excepcionais, durante um período de emergência ou no interesse da segurança pública, restringirão ou proibirão temporariamente e com efeito imediato voos em todo o território ou em parte dele”.
Ainda na segunda-feira (4), o presidente da República Dominicana, Luis Abinader, informou que está em vigor um nível extremo de segurança na fronteira com o Haiti após a fuga de mais de 3.500 prisioneiros no país vizinho no fim de semana.
Embora o chefe de Estado não tenha revelado em que consiste o aumento da segurança nas fronteiras, ele alertou que qualquer prisioneiro haitiano fugitivo que entre no país receberá “uma resposta drástica”.
Os militares destacados na fronteira “estão preparados para prevenir ou dissuadir qualquer incidente” que comprometa a tranquilidade da zona, conforme informou nesta terça o ministro da Defesa, o tenente-general Carlos Luciano Díaz Morfa.
“A atividade comercial entre os dois países desenvolve-se normalmente, mas organizamos um aumento de pessoal e equipamentos segundo as necessidades de cada local, com o objetivo de fazer com que a população se sinta segura”, disse Díaz Morfa. Ele acrescentou que os soldados serão supervisionados por três dias.
Nesta terça-feira, na zona fronteiriça de Dajabón, que continua reforçada, o acesso dos haitianos e a passagem de veículos de carga ao território dominicano foram limitados. Esta medida gerou descontentamento em alguns haitianos.
Outros reconheceram que a medida é necessária, considerando que ninguém sabe onde estão os mais de 3.500 presos que escaparam no fim de semana.