Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Cada vez mais as mulheres estão abandonando os afazeres domésticos para assumir postos no mercado de trabalho.
De acordo com pesquisa realizada em 2005 pelo Grupo Catho, nos últimos dez anos, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro dobrou, revelando os seguintes percentuais de “ocupação” feminina nas empresas: presidência (17,5%); diretoria (23%); gerência (26%); chefia e coordenação (49%).
O avanço das mulheres no mercado de trabalho é marcado, principalmente, pela onda de mudança que o mundo está atravessando, onde habilidades mais femininas que masculinas têm sido fator determinante para a permanência de muitas empresas no mercado. Hoje, a agressividade e a objetividade – características notadamente masculinas – estão cedendo terreno para a intuição e a capacidade de adaptação, traços marcantes no perfil feminino.
As mulheres estão descobrindo seus. Não precisam mais se espelhar na atuação masculina para provar sua competência. Agora, são os homens que estão buscando adquirir as qualidades femininas tão procuradas pelo mundo corporativo, como a habilidade de cultivar bons e produtivos relacionamentos, por exemplo. Além disso, as mulheres são mais flexíveis que os homens e se adaptam com mais facilidade e mais rapidamente que eles, o que é fundamental para um mundo em constante mudança.
O estilo feminino, aliado ao esforço, força de vontade e determinação das mulheres em colocar em prática sua competência, tem sido reconhecido e recompensado pelas empresas, que apostam nessa nova força de trabalho.
Um importante ponto positivo do estilo feminino é a capacidade de trabalhar com o lado direito do cérebro, mais emotivo, intuitivo, criativo. E como, durante muito tempo, tiveram de agir à semelhança dos homens para conquistar seu espaço, as mulheres acabaram desenvolvendo também a utilização do hemisfério cerebral esquerdo. Com isso, saíram ganhando! Agora, é a vez dos homens correrem atrás do prejuízo e buscar meios para desenvolver o hemisfério direito. Recursos para isso não faltam. Vários de meus cursos têm essa abordagem.
Entretanto, ainda restam alguns pontos importantes a serem conquistados pelas mulheres com relação ao universo corporativo. O principal é que ainda existe um preconceito não-declarado em relação às mulheres. Prova disso é que elas ganham cerca de 10% menos que os homens nas mesmas funções. O mercado tem algumas justificativas para isso, mas as principais são: 1) a mulher é uma mão-de-obra nova e ainda é preciso descobrir seu potencial; 2) semanalmente, elas trabalham cerca de três horas menos que os homens.
Um importante aspecto negativo em relação à participação das mulheres no mercado de trabalho, levantado pela pesquisa do Grupo Catho, é que a porcentagem de mulheres nas empresas diminui conforme o tamanho da empresa aumenta. Mas, mesmo assim, o panorama da participação feminina no mercado de trabalho é promissor. Estima-se que daqui a 20 anos, quase 50% dos cargos de presidência nas empresas serão ocupados por mulheres!
Como tudo na vida tende a encontrar um ponto de equilíbrio, também o mundo corporativo encontrará o seu, equilibrando homens e mulheres em cargos e rendimentos. Afinal, nada mais produtivo que dispor harmonicamente de duas frentes de trabalho tão distintas e, ao mesmo tempo, tão complementares.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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