Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de março de 2022
Departamento realizou mais de 70 mil perícias em drogas, material biológico e análises de DNA.
Foto: IGP/DivulgaçãoO Departamento de Perícias Laboratoriais (DPL) do IGP (Instituto-Geral de Perícias) tem enfrentado um aumento por demandas em perícias nas áreas da química e genética forense nos últimos anos. Em 2021, foram realizadas 74.497 requisições de exames no Rio Grande do Sul, número 30% maior do que em 2020, quando 58.224 laudos foram liberados pelo DPL.
No total, 55.444 laudos de química forense foram emitidos pelo IGP em 2021, mesmo em meio à pandemia – crescimento de 42 % em relação à 2020, quando foram analisadas 38.439 amostras, e 38% em relação a 2019. As análises de drogas são solicitadas pelas autoridades policiais e são essenciais para subsidiar o inquérito policial com a prova material. Por meio delas, é possível identificar os tipos de drogas que estão entrando no Estado do Rio Grande do Sul.
“Esse aumento das apreensões está diretamente relacionado à atuação do governo em programas como o RS Seguro, que qualificou o combate ao crime através de medidas de integração de diversas áreas do Governo do Estado”, afirma o diretor do Departamento, Daniel Scolmeister. “Os dados coletados são fundamentais para identificar o perfil de consumo dos usuários, informando para a sociedade o potencial lesivo das drogas comercializadas e até mesmo quais as novas substâncias estão ingressando no Estado. Com isso, esses dados podem nortear os órgãos de Segurança Pública no que tange à repressão ao tráfico no RS”, complementa o diretor.
O aumento também foi registrado na Divisão de Genética Forense, responsável pela análise de DNA em vestígios de crimes, identificação de indivíduos e coleta em apenados do sistema prisional. Em 2021, esta Divisão registrou um aumento de 71% de solicitações de exame de DNA na comparação com 2020. Foram 8.093 solicitações, frente a 4.738 registradas em 2020.
Esse número está ligado ao aumento do número de coletas em apenados do sistema prisional e à realização do mutirão de coleta de familiares de desaparecidos no Estado, em junho, (que resultou em um aumento de 69% no número total de ranks – matches de identificação humana). A identificação se dá por meio do processamento das amostras de DNA não identificadas no Banco de Perfis Genéticos do IGP e da comparação com o material biológico de familiares que buscam seus desaparecidos. Esses números possibilitaram a liderança do IGP no ranking de identificação de indivíduos por DNA no país pela 6ª vez consecutiva.
Já a Divisão de Toxicologia Forense, que realiza análises no sangue e urina para pesquisa de uso de álcool, drogas e medicamentos, chegou ao fim do ano sem acúmulo de perícias “Foram emitidos mais laudos toxicológicos do que solicitados, zerando casos com pendência em 2021”, afirma Daniel. A Divisão realiza exames para auxiliar na identificação da causa mortis, na determinação do consumo de substâncias psicotrópicas, overdoses e exposição a venenos orgânicos e inorgânicos em casos forenses.
O Departamento de Perícias Laboratoriais é responsável por boa parte das perícias laboratoriais do Estado, e possui três Divisões: Divisão de Genética Forense, Divisão de Química Forense Divisão de Toxicologia Forense. As perícias realizadas pelo DPL são solicitadas, basicamente, por outros Departamentos do IGP, autoridades policiais e judiciárias.
Voltar Todas de Rio Grande do Sul