Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2022
Vice-presidente defendeu postura das Forças Armadas em, segundo ele, "auxiliar no processo de transparência" das eleições deste ano
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO vice-presidente Hamilton Mourão defendeu a contribuição das Forças Armadas no processo eleitoral deste ano, mas ressaltou que a responsabilidade pela lisura da disputa eleitoral é do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O general da reserva lembrou que as Forças Armadas foram convocadas, por meio do Comitê de Transparência Eleitoral, justamente para auxiliar no processo eleitoral, mas ressaltou que cabe à Justiça Eleitoral aceitar ou não as sugestões.
“As Forças Armadas foram convocadas para auxiliar no processo de transparência e assim o fizeram, apresentando os questionamentos que julgaram pertinentes e de acordo com judicioso trabalho realizado. Compete ao TSE aceitar ou não, pois é dele a responsabilidade pela lisura do processo”, afirmou.
Na semana passada, o TSE respondeu às sugestões e dúvidas apresentadas pelas Forças Armadas. Na posição oficial, a Corte Eleitoral negou que exista uma “sala secreta” de apuração e esclareceu que os tribunais regionais já auxiliam na totalização dos votos da disputa nacional.
Como reação às respostas, militares do governo chegaram a defender, em caráter reservado, que a Forças Armadas se retirassem do Comitê de Transparência Eleitoral. No Palácio do Planalto, no entanto, auxiliares presidenciais são contra a retirada.
Neste final de semana, o presidente Jair Bolsonaro respondeu às declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de que as eleições de outubro serão limpas e transparentes.
“Se ele tem certeza disso, por que criar tanto óbice para aquelas instituições que ele convidou participem mais nesse processo? Tenho certeza de que as eleições serão limpas. Mas têm dúvidas ainda que devem ser esclarecidas. Nós, homens públicos, não somos donos da verdade”, disse.