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Ressurge disputa pela sucessão de Eduardo Cunha

Pela personalidade do peemedebista, a renúncia é praticamente descartada, cabendo apenas a possibilidade de cassação. (Foto: Joel Rodrigues/Folhapress)

A visível fragilidade dos apoios partidários que têm sustentado no cargo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), especialmente após o distanciamento do PSDB, reacendeu as discussões em torno de quem vai sucedê-lo. A avaliação de aliados e adversários é de que, pela personalidade do peemedebista, a renúncia é praticamente descartada, cabendo apenas a possibilidade de cassação.
Enquanto tenta evitar perder o mandato no Conselho de Ética, Cunha começa a mexer as peças para eleger um aliado que poderia assegurar seus interesses à frente da Casa Legislativa.
Os dois principais nomes que ele tenta viabilizar são André Moura (PSC-SE) e Jovair Arantes (PTB-GO), fieis escudeiros que têm participado de toda a negociação interna pela manutenção do mandato. Eles atuam tanto na costura de apoios na Câmara como tomam a dianteira em defesas públicas do peemedebista, que foi denunciado por envolvimento na Operação Lava-Jato.
Em trégua com Cunha, a presidenta Dilma Rousseff determinou ao seu núcleo duro que não se envolva diretamente nas negociações pela sucessão da Câmara. A preocupação é de não piorar a relação com Cunha, que ameaça dar aval ao impeachment e prejudicar as votações das medidas fiscais.
Na semana passada, o deputado reclamou com o vice-presidente Michel Temer sobre a movimentação da presidenta em apoio ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). O governo deu sinal verde para que ele articule sua candidatura, mas já lhe alertou que não irá patrociná-la publicamente.
Temer avisou a ministros que a escolha do nome do partido para a sucessão na Câmara terá de passar pela cúpula nacional do PMDB. (Folhapress)

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