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Por Redação O Sul | 18 de julho de 2015
Restos de vítimas do anatomista nazista August Hirt (1898-1945), conservados em frascos e provetas cuja existência era desconhecida pelos pesquisadores, foram encontrados no Instituto Médico Legal de Estrasburgo, França, anunciou neste sábado a prefeitura da cidade.
A descoberta foi feita no último dia 9, pelo historiador Raphaël Toledano, autor de trabalhos sobre o tema, entre eles um documentário dirigido por Emmanuel Heyd.
Os restos pertencem a várias das 86 vítimas de um projeto de “coleção de esqueletos judaicos” que Hirt desejava realizar.
Com a ajuda do diretor do Instituto de Medicina Legal de Estrasburgo, professor Jean-Sébastien Raul, o pesquisador conseguiu identificar várias peças, entre elas “um frasco contendo fragmentos de pele de uma vítima das câmaras de gás”, assinalou.
O pesquisador também encontrou “duas provetas, que continham o intestino e o estômago de uma vítima”. A maioria dos restos, quase todos cortados em pedaços, havia sido encontrada pouco depois da libertação de Estrasburgo pelos aliados, em 1944, e foi rapidamente enterrada em um cemitério judaico. Cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.