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Restritas novamente, pistolas 9 milímetros representam 39% das armas legalizadas no País

O presidente Lula assinou nessa sexta (21) um decreto sobre o controle "responsável" de armas no País. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

As pistolas 9 mm, que agora passam novamente a ser de uso restrito, representam 39% das armas em circulação no País recadastradas pela Polícia Federal (PF). Das 935 mil armas legalizadas em circulação, aproximadamente 365 mil são pistolas desse tipo.

A GloboNews teve acesso a um levantamento da PF

que revela quantas pistolas foram vendidas durante o período em que o uso deixou de ser restrito, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Antes dos decretos do governo Bolsonaro flexibilizando a política de armas, as pistolas de 9 milímetros eram utilizadas apenas por policiais federais.

Nessa sexta-feira (21), o governo federal apresentou novas e mais rigorosas regras para armas de fogo.

Quem comprou armas do tipo se valendo da classificação anterior pode manter o arsenal, desde que os registros estejam regulares.

Decreto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nessa sexta-feira (21) um decreto sobre o controle “responsável” de armas no País.

A medida foi editada durante cerimônia no Palácio do Planalto e faz parte do Programa de Ação na Segurança (PAS), um pacote do governo que tem o objetivo de diminuir a violência no país.

Em discurso, Lula afirmou que não se pode permitir “arsenais nas mãos de pessoas”. Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o decreto põe fim a um “capítulo trágico e de trevas” no país. Dino declarou ainda que a medida é “ponderada” e “equilibrada”, e pode salvar vidas.

Segundo o governo, entre outras medidas, o decreto:

— reduz a quantidade de armas e munições que podem ser acessadas por civis para defesa pessoal;

— diminui o número de armas e munições que podem ser adquiridos pelos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores);

— proíbe CACs de transitarem com armas municiadas;

— restringe o funcionamento de clubes de tiro;

— retoma regras de distinção entre armas de uso de órgãos de segurança e armas para cidadãos comuns;

— diminui a validade dos registros de armas de fogo;

— prevê a migração do controle de armas do Exército para a PF.

Segundo o governo, o decreto reduz a quantidade de armas e munições que podem ser acessadas por civis para a defesa pessoal. Além disso, retoma a comprovação da efetiva necessidade para a aquisição.

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