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Colunistas Resumo da ópera?

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Dilma se defenderá do impeachment nesta segunda-feira (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Segundo a Revista Exame, a vida de presidente afastada não está fácil para Dilma Rousseff (PT). Depois de ver o número de viagens a que ela tem direito com aviões da FAB restringido, a petista teve que lidar com a despensa vazia na última semana. As informações são da coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a coluna, o “cartão de suprimento”, que garantia recursos para compra de comida no Palácio do Alvorada, foi cortado pela equipe do presidente interino, Michel Temer (PMDB), na última quarta-feira (1). Desde a noite desta sexta-feira, no entanto, a presidente afastada foi liberada pra compras.  A repercussão negativa motivou o novo recuo do governo. Marca registrada nas primeiras quatro semanas de interinidade.

Ontem repercutiu nota no Jornal O Globo na coluna do jornalista Jorge Bastos Moreno sobre a iminente queda de outro integrante da cúpula do governo: “Queda a jato. Há ministros caindo por causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de um jato. Isto mesmo: um jato. Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na Base Aérea. Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado. Temer descobriu que Toffoli só revogou a decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por Dilma porque o advogado-geral da União, estava nessa fatídica viagem a Curitiba”. Osório rebateu em entrevista dizendo estar sendo vitima de “fogo amigo”. Cai ou não cai?

Outro ministro que vem sendo observado por suas ações é o ministro das Relações Exteriores, José Serra. Em entrevista concedida ao Estado de S. Paulo, no último domingo, ao ser questionado sobre as relações com Washington e a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, o novo ministro deixou escapar: “NSA, o que é isso?”.  Já fez declarações negativas e fortes contra a Unasul (União das Nações Sul Americanas, à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e – a mais grave – questionou a relevância da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2012, em entrevista ao jornalista Boris Casoy, Serra disse que o nome completo do País era “Estados Unidos do Brasil”. Corrigido pelo jornalista, questionou: “Mudou?”. Em 2002, para convencer o sindicalista Luiz Antônio de Medeiros a apoiá-lo em sua candidatura à presidência, José Serra disse para ilustrar a urgência com que tratava o momento: “Será agora ou nunca. Estou com 60 anos e sei que minhas energias e chances são agora. Vi o Montoro acabar o governo ‘gagá’, aos 70 anos”. Serra hoje tem 74 anos…

Segundo PGR, ex-deputada Fátima Pelaes está se preparando para assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres, mas segundo a Procuradoria-Geral da Republica seria uma das principais integrantes de uma “articulação criminosa” que conseguiu desviar cerca de R$ 4 milhões através das emendas parlamentares. A Procuradoria-Geral da República já divulgou inclusive um relatório mostrando detalhadamente como a secretária de Michel Temer teria participado do esquema, que acabou sendo revelado através da “Operação Voucher”, que foi realizada em 2011.

Para dar o tom sinistro da semana Temer na contramão da austeridade e cortes de gastos prometido ao assumir fez aprovar  um pacote bilionário na Câmara de benefícios para várias categorias do funcionalismo: o salário dos ministros do STF passa de R$ 33.763 para R$ 39.293 – sem contar os penduricalhos, como o auxílio-moradia (R$ 4,3 mil). Para os servidores do Senado e da Câmara, foi aprovado reajuste de cerca de 20% em quatro anos. Para os militares, foi aprovado reajuste de 25,5%, até 2019. Para os professores, os deputados aprovaram reajuste de cerca de 20% nos salários do magistério federal, ao longo de quatro anos. Sem fazer alarde um ‘trem da alegria’ foi aprovado na Câmara: 14.419 cargos federais — quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu ceifar neste ano.

Enquanto isso continua a ameaça de redução de programas educacionais como o Pronatec e o Fies, além de outros benefícios sociais; cortar gastos em saúde e educação; e reduzir o dinheiro disponível para o financiamento do Minha Casa, Minha Vida, além de corte substancial no Bolsa Familia…Pois, é!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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