Sábado, 04 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2025
Rebeca Andrade brilhou no solo e conquistou a medalha de ouro.
Foto: Reprodução/@timebrasilUm ano de Jogos Olímpicos não é um ano qualquer, e 2024 ficará marcado na história do esporte. Afinal, a Olimpíada de Paris será lembrada como a Olimpíada das mulheres brasileiras, que conquistaram pela primeira vez todos os ouros do Time Brasil (três). Além disso, elas contribuíram com 12 medalhas e mais uma no time misto do judô, do total de 20 pódios (três ouros, sete pratas e 10 bronzes).
Os Jogos de Paris também ficam para a história com os saltos de Rebeca Andrade, que se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil (seis no total), a emoção da judoca Beatriz Souza, a arrancada de Isaquias Queiroz e tantos outros momentos que fizeram brilhar a cidade-luz.
Rebeca Andrade
A disputa entre Rebeca Andrade e a americana Simone Biles na ginástica foi histórica. A brasileira brilhou no solo e conquistou a medalha de ouro, e ficou com a prata no salto e no individual geral. Por equipes, ajudou a conquista inédita do bronze.
Foram quatro idas ao pódio (que somaram-se a outras duas na Tóquio 2020), mas a mais marcante – talvez da Olimpíada – foi no ouro. Além da emoção pela conquista, três atletas negras estavam no pódio. E Biles e a compatriota Jordan Chiles reverenciaram a brasileira.
Primeiro ouro
O primeiro ouro do Brasil em Paris 2024 não poderia ter sido sem emoção. A conquista veio com a judoca Beatriz Souza, que derrotou a israelense Raz Hershko com um waza-ari na final da categoria acima de 78 kg do judô. Depois da prova, Bia, aos prantos, dedicou a medalha à sua avó, que havia falecido há dois meses.
Com muito carisma, Bia virou uma personagem do Brasil na edição. Ela ainda seria crucial em um bronze na categoria de equipes mistas.
Super Isaquias
Isaquias Queiroz não conseguiu o ouro pedido pelo filho Sebastian, mas ainda assim ganhou a medalha de prata e voltou a subir em um pódio olímpico no C1 1000m da canoagem de velocidade. O brasileiro alcançou a quinta medalha olímpica, igualando o número de pódios de lendas como os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, e ficando atrás apenas de Rebeca Andrade.
Para conseguir a medalha, Isaquias precisou de uma grande arrancada nos 250 metros finais da prova, saindo de sexto para segundo.
Futebol feminino
Se os homens nem se classificaram, as mulheres brilharam no futebol em Paris. Na despedida de Marta em uma Olimpíada, o time do técnico Artur Elias surpreendeu ao chegar à final, eliminando as grandes favoritas França, nas quartas, e Espanha, na semifinal.
Na disputa pelo ouro, a seleção brasileira perdeu para os Estados Unidos, na despedida da Rainha, que conquistou sua terceira medalha olímpica (as três de prata).
Vôlei de praia
A arena do vôlei de praia, aos pés da Torre Eiffel, foi uma das atrações dos Jogos de Paris. E, no final, ainda fez tocar o hino nacional brasileiro com o ouro de Ana Patrícia e Duda. Elas venceram a dupla canadense Brandie e Melissa por 2 sets a 1.
Rayssa Leal
Aos 16 anos, Rayssa Leal conquistou sua segunda medalha olímpica na carreira (foi prata em Tóquio). Uma das favoritas no Skate Street Feminino, a brasileira ficou fora do pódio ao longo da prova, mas buscou a medalha de bronze na última e decisiva manobra.
O voo de Medina
Gabriel Medina conquistou a tão sonhada medalha olímpica – teve que se contentar com o bronze ao perder a semifinal por falta de ondas, em Teahupo’o, no Haiti. Seu grande momento, porém, foi nas oitavas.
Na disputa com o japonês Kanoa Igarashi, o brasileiro deixou um tubo pedindo nota dez e voou para fora da onda com o dedo apontado para o alto, enquanto “flutuava” sobre as águas.
(AG)