Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2024
O ator Reynaldo Gianecchini, de 51 anos, rebateu de novo o rumor de que o casamento com Marília Gabriela, de 76, foi de fachada. O artista afirmou ter vivido um “casamento hétero” com a apresentadora.
“Eu vivi um casamento hétero de verdade. Desculpa, a minha sexualidade é fluida, sim, e pode mudar a qualquer momento, e não interessa a ninguém. Me cobram para entrar em uma gavetinha. Não é mentira que vivi uma relação hétero e não importa se você quer acreditar ou não. É muito absurda essa fiscalização, essa cobrança da sexualidade do outro”, respondeu Reynaldo Gianecchini em entrevista ao podcast Selfie Service.
Conhecido por atuar em diversas produções da Globo, atualmente o ator está em cartaz com “Priscilla: a Rainha do Deserto”. Para ele, é desrespeitoso demais ter sempre sua vida íntima comentada sem critérios.
“É uma tecla chata de bater porque, honestamente, não tenho a menor vontade de falar da minha sexualidade, porque a sexualidade é sua, você tem que viver. As pessoas não têm noção da complexidade que é, e tratam de forma banal a sexualidade”, continuou ele.
Em seguida, Gianecchini explicou que, no caso dele, a sexualidade é algo que está sempre mudando, por isso, é tão difícil classificar. Além disso, ele lamenta o fato de não ter sido acolhido pelo público após “sair do armário”.
“Sexualidade passa por muitas coisas, questões de afeto, às vezes é contraditória, a gente demora às vezes um tempo para entender todas as nuances. As pessoas perdem tempo querendo falar da sexualidade de outro. Você não pode descrever a sexualidade de ninguém, você não sabe o que rola na intimidade, e foi o que aconteceu muito comigo, as pessoas ficaram falando uma vida inteira sobre minha sexualidade, falam até hoje. Antes era porque eu não saía do armário. Agora é porque não saiu antes ou quer lacrar em cima disso”.
Reynaldo Gianecchini e Marília Gabriela foram casados entre os anos de 1999 a 2006. Eles terminaram o relacionamento, mas continuam bons amigos até hoje.
Críticas
Interpretando uma drag queen nos palcos, Gianecchini rebateu as críticas que recebeu por dar vida à personagem nos teatros. Em seu perfil no Instagram, ele publicou um vídeo falando sobre os comentários negativos por não ser uma drag queen na vida real, assim como sua personagem.
O ator começou falando sobre os elogios que recebeu ao interpretar o líder de seita Matias Cordeiro na série “Bom Dia, Verônica”. “Um dos últimos personagens que fiz para a Netflix, foi um abusador, um cara terrível, quase um psicopata. A série foi muito bem recebida, porque levantou várias questões importantes, e recebi muitos comentários positivos sobre meu trabalho e a série”, iniciou ele.
“Agora, no meu trabalho recente, estou fazendo uma drag queen. É claro, tem gente que adora, e que fica maravilhado e curte, mas estou recebendo um monte comentários muito negativos de pessoas que misturam o meu personagem com a vida pessoal”, continuou.
“Lá, eles destilam todo ódio, sua raiva, seus preconceitos, falam coisas inacreditáveis. Queria falar para essas pessoas: tudo bem ser um psicopata, um abusador, não acharam ruim, né? Não confundiram com minha vida pessoal. Mas uma drag queen sim. Muita gente não quer me ver nesse papel, querem me cancelar. Curioso, não é? Psicopata é legal, drag queen não é”, desabafou.