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Política Ricardo Lewandowski nega que vá integrar ministério de Lula

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Ministro vai se aposentar do Supremo Tribunal Federal em 2023. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a possibilidade de integrar o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva depois de sua aposentadoria, em maio de 2023.

“Essa hipótese está fora de cogitação. Não fui convidado, nem cogito”, disse
Lewandowski, ao responder se aceitaria ou não um eventual convite para ser
ministro da Defesa do próximo governo. O ministro participou nesta segunda-feira (14) de evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Nova York.

“A minha grande expectativa, após a aposentadoria, é cuidar dos meus três netos e das minhas três netas. São crianças muito simpáticas e preciso me aproximar mais delas”, afirmou o ministro.

Em relação ao desempenho das Forças Armadas durante as eleições, Lewandowski disse que elas deram a sua contribuição como qualquer outra entidade fiscalizadora do processo. “Apresentaram o relatório e ponto final. Creio que não podemos subestimar essa atuação dos militares.”

Xingamentos e ameaças

Lewandowski e o também ministro do Supremo Gilmar Mendes analisaram, nesta segunda, os protestos que ocorrem por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o resultado das eleições.

Para Lewandowski, os protestos são “antidemocráticos”. “Eu acho esses protestos antidemocráticos, não civilizados e não contribuem para o clima que queremos para o nosso País, e no próprio mundo”, disse.

Por outro lado, Mendes enxerga a liberdade de manifestação “totalmente livre”, mas faz ressalvas. “A liberdade de manifestação é totalmente livre, o que não vale é agressão, é tentativa de perturbação de um evento que se realiza com normalidade. Isso precisa ser avaliado”, afirmou.

No domingo (13), Mendes e Lewandowski foram ofendidos e ameaçados por brasileiros em Nova York. Manifestantes foram até a porta do hotel em que eles estão hospedados para xingá-los.

As hostilidades foram cometidas quando os magistrados deixavam o hotel rumo a uma van posicionada na porta do prédio. “O que é seu está guardado, bandido”, disse um dos brasileiros, em direção a Gilmar, que foi xingado de “vagabundo” e acabou alvo de palavras de baixo calão.

Lewandowski também foi alvo de diversos palavrões e recebeu a pecha de “bandido”. “O fim está chegando”, afirmou um homem, em direção a ele. “A mamata está secando”, protestou. O ministro foi chamado, ainda, de “cachorro do governo”.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também foi alvo dos manifestantes. Ele foi chamado de “vagabundo” e “ladrão” nas dependências de um restaurante nova-iorquino.

Luís Roberto Barroso, outro componente do STF, acabou xingado enquanto passava pela Times Square, tradicional ponto da cidade americana.

“Nós vamos ganhar essa luta. O senhor está entendendo? Cuidado, hein? O povo brasileiro é maior do que a Suprema Corte, está bom? Você não vai ganhar o nosso país Foge (sic)!”, diz uma mulher a ele, em tom de ameaça. “Não seja grosseira, senhora”, responde Barroso.

Em nota, o STF repudiou os ataques e classificou os atos como “incompatíveis”.

“O Supremo Tribunal Federal repudia os ataques sofridos por ministros da Corte, em Nova York. A democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, mostra-se absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão”, disse.

A Suprema Corte é um dos alvos de questionamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não conseguiu a reeleição e foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Sem provas, bolsonaristas questionam a atuação da Justiça Eleitoral no pleito. Há, inclusive, pedidos antidemocráticos por intervenção das Forças Armadas.

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https://www.osul.com.br/ricardo-lewandowski-nega-que-vai-integrar-ministerio-de-lula/ Ricardo Lewandowski nega que vá integrar ministério de Lula 2022-11-14
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