A disputa pela prefeitura de São Paulo será definida no segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL). Com 99,88% das urnas apuradas na capital paulista, o emedebista somava 29,48% dos votos válidos ante 29,07% do psolista. As pesquisas de intenção de voto divulgadas na última semana de campanha eleitoral indicavam uma disputa acirrada entre Nunes, Boulos e Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora da disputa. Ele tinha 28,14.
Nunes larga na frente na disputa contra Boulos, considerando que as pesquisas eleitorais colocam o prefeito com uma rejeição significativamente menor do que o candidato do PSOL. Dessa forma, o emedebista teria mais chances de conquistar os votos necessários para vencer o pleito. Além disso, o eleitorado de Marçal, que quase foi ao segundo turno, é mais alinhado à direita, o que torna mais provável a migração desses votos para Nunes.
Por outro lado, Boulos foi o primeiro a receber apoio de outro candidato. Tabata Amaral (PSB), que tinha 9,93% dos votos válidos e vinha criticando o psolista, declarou que estará no palanque dele no segundo turno.
O resultado deste domingo é similar ao do primeiro turno das eleições municipais de 2020, quando Boulos enfrentou o ex-prefeito da capital paulista Bruno Covas (PSDB), que dividia chapa com Nunes. Na ocasião, o tucano venceu o candidato do PSOL por 32,8% a 20,2%, e saiu vitorioso na disputa no segundo turno com quase 60% dos votos válidos. Nunes apresenta sua gestão como uma continuação da administração do tucano, morto em 2021 vítima de câncer.
Pablo Marçal encerrou sua participação nas eleições municipais neste domingo. Ele concederia uma entrevista coletiva em um centro de convenções em Pinheiros após o resultado, mas não apareceu. O influenciador chegou a contratar um trio elétrico para festejar na Avenida Paulista diante da crença que venceria a eleição paulistana no primeiro turno. O evento não ocorreu.
Nas semanas anteriores, aliados de Marçal afirmavam que, independentemente do resultado, ele sairia maior da eleição do que entrou e se projetaria como um líder da direita a nível nacional. O futuro eleitoral de Marçal, contudo, se tornou incerto porque ele pode ser condenado pela Justiça Eleitoral e se tornar inelegível após divulgar um laudo médico falso na sexta-feira (4) que apontava que Boulos era usuário de cocaína.
Pela primeira vez, depois de quatro desistências em disputas anteriores, o eleitor poderia depositar seu voto para o comando da Prefeitura em José Luiz Datena (PSDB). O apresentador somava 1,84%, em quinto lugar. Marina Helena (Novo) ficou em sexto. Tinha 1,38% dos votos.