Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2019
Em coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (24) para detalhar a atuação do governo no combate às queimadas na Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a possibilidade de utilizar o fundo da Petrobras, formado por dinheiro recuperado de desvios na empresa, em ações de combate a incêndios e preservação da Amazônia “não é o caminho mais apropriado”.
“Esse não é um assunto do nosso ministério, os recursos. Mas essa destinação do fundo foi delimitada quando o acordo foi celebrado com entidades norte-americanas. Uma mudança na destinação implicaria em repactuar essas questões. O caminho mais apropriado é o que foi apontado pelo ministro general Fernando”, disse.
A declaração faz referência a uma fala feita na mesma coletiva pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Segundo ele, há atualmente cerca de R$ 20 milhões contingenciados em sua pasta e o ministério da Economia já afirmou que pretende descontingenciar ao menos parte desse valor para que possa ser aplicado na preservação da floresta. “Só acredito quando eu abrir o cofre e ver. Mas está combinado com Paulo Guedes.”
O titular do Meio Ambiente também admitiu que o crime ambiental no Brasil vem crescendo nos últimos sete anos. Ele usou este fato para justificar o emprego da GLO. Além disso, ele comentou sobre o corte no repasse de verbas para o Fundo Amazônia:
— Não houve cancelamento. O que aconteceu é uma suspensão de repasse, uma vez que as regras do Fundo estão sendo revisadas. Vale lembrar que existe um saldo de R$ 1 bilhão, que vai continuar sendo utilizado.