Sábado, 12 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2025
A projeção máxima de 1,9 metro destaca a necessidade de que os responsáveis por decisões públicas planejem a infraestrutura crítica com antecedência.
Foto: Giulian Serafim/PMPAUm estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Singapura, acendeu um novo alerta global sobre os impactos do aquecimento global. Publicada em 29 de janeiro deste ano, a pesquisa aponta que o nível do mar pode subir até 1,9 metro nos próximos 75 anos, caso as emissões de carbono continuem elevadas – cenário que colocaria em risco cidades costeiras ao redor do mundo.
“A projeção máxima de 1,9 metro destaca a necessidade de que os responsáveis por decisões públicas planejem a infraestrutura crítica com antecedência”, afirmou o doutor Benjamin Grandey, principal autor da pesquisa.
“Mais importante ainda, esses resultados reforçam a importância de mitigar as mudanças climáticas por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa”, acrescentou.
Caso a previsão se concretize, diversas cidades da América do Sul poderão ser engolidas pelo avanço do oceano, segundo a ferramenta de avaliação de riscos costeiros da organização Climate Central. Entre as mais vulneráveis estão: Rio de Janeiro, Porto Alegre e Punta del Este.
Como enfrentar
O estudo da NTU, disponível na íntegra, reforça a urgência de medidas concretas contra o aquecimento global. A emissão contínua de dióxido de carbono é apontada como a principal causa do aumento das temperaturas globais e do derretimento acelerado das calotas polares.
Sem uma redução expressiva desses gases, futuras gerações poderão presenciar a submersão de grandes centros urbanos.
“Esta pesquisa da NTU representa um avanço significativo na ciência do nível do mar. Ao estimar a probabilidade dos cenários mais extremos, ela destaca os impactos graves da elevação do mar nas comunidades costeiras, na infraestrutura e nos ecossistemas, evidenciando a necessidade urgente de combater a crise climática”, declarou o professor Benjamin Horton, diretor do Observatório da Terra de Singapura.
De acordo com a organização ambiental Earth, embora a redução dos gases de efeito estufa seja essencial, ela não é suficiente. Também é necessário adotar medidas de adaptação.
Governos devem investir em sistemas de proteção contra inundações, planejar o crescimento urbano de forma sustentável e reforçar as respostas a emergências climáticas. Sem essas iniciativas, o mundo pode entrar em uma nova era marcada por migrações em massa provocadas pelo colapso ambiental.
(Com informações do jornal O Globo)