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Porto Alegre, Rio de Janeiro e Punta del Este podem ficar submersas até 2100, aponta estudo

A projeção máxima de 1,9 metro destaca a necessidade de que os responsáveis por decisões públicas planejem a infraestrutura crítica com antecedência. (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

Um estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Singapura, acendeu um novo alerta global sobre os impactos do aquecimento global. Publicada em 29 de janeiro deste ano, a pesquisa aponta que o nível do mar pode subir até 1,9 metro nos próximos 75 anos, caso as emissões de carbono continuem elevadas – cenário que colocaria em risco cidades costeiras ao redor do mundo.

“A projeção máxima de 1,9 metro destaca a necessidade de que os responsáveis por decisões públicas planejem a infraestrutura crítica com antecedência”, afirmou o doutor Benjamin Grandey, principal autor da pesquisa.

“Mais importante ainda, esses resultados reforçam a importância de mitigar as mudanças climáticas por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa”, acrescentou.

Caso a previsão se concretize, diversas cidades da América do Sul poderão ser engolidas pelo avanço do oceano, segundo a ferramenta de avaliação de riscos costeiros da organização Climate Central. Entre as mais vulneráveis estão: Rio de Janeiro, Porto Alegre e Punta del Este.

Como enfrentar

O estudo da NTU, disponível na íntegra, reforça a urgência de medidas concretas contra o aquecimento global. A emissão contínua de dióxido de carbono é apontada como a principal causa do aumento das temperaturas globais e do derretimento acelerado das calotas polares.

Sem uma redução expressiva desses gases, futuras gerações poderão presenciar a submersão de grandes centros urbanos.

“Esta pesquisa da NTU representa um avanço significativo na ciência do nível do mar. Ao estimar a probabilidade dos cenários mais extremos, ela destaca os impactos graves da elevação do mar nas comunidades costeiras, na infraestrutura e nos ecossistemas, evidenciando a necessidade urgente de combater a crise climática”, declarou o professor Benjamin Horton, diretor do Observatório da Terra de Singapura.

De acordo com a organização ambiental Earth, embora a redução dos gases de efeito estufa seja essencial, ela não é suficiente. Também é necessário adotar medidas de adaptação.

Governos devem investir em sistemas de proteção contra inundações, planejar o crescimento urbano de forma sustentável e reforçar as respostas a emergências climáticas. Sem essas iniciativas, o mundo pode entrar em uma nova era marcada por migrações em massa provocadas pelo colapso ambiental.

 

(Com informações do jornal O Globo)

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