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Rio de Janeiro registra primeiro caso de febre oropouche; conheça a doença

(Foto: Reprodução)

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) registrou o primeiro caso de febre oropouche no Estado. O paciente é um homem de 42 anos, residente do bairro de Humaitá, na Zona Sul da capital fluminense. Ele tem histórico de viagem para o Amazonas e o caso está sendo considerado como “importado”, ou seja, trazido de fora, pela SES-RJ.

O Amazonas vem registrando uma escalada expressiva de casos da doença. Só na primeira quinzena do ano, o estado confirmou mais da metade do número de casos registrados em todo o ano de 2023. Foram 223 casos nas duas primeiras semanas de 2024, contra 424 de janeiro a dezembro de 2023. Esse cenário fez com que a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Estado emitisse um alerta epidemiológico.

A febre oropouche é causada pelo vírus oropouche (OROV). Trata-se de um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por artrópodes, especialmente por mosquitos. No caso, o principal vetor da doença é o Culicoides paraense, conhecido como maruim. Apesar disso, o Culex, uma das espécies de pernilongo, também pode transmitir a doença.

O vírus da febre oropouche tem dois ciclos de transmissão: selvagem e urbano. No selvagem, ele circula em áreas de mata entre animais como macacos e bichos-preguiça, enquanto no urbano ele infecta humanos. Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, em entrevista para a Agência Einstein, ao entrar em áreas de mata, muitas vezes as pessoas acabam infectadas e levam o vírus para a cidade.

Por mais que não sejam transmitidos pelo mesmo mosquito, é comum que arbovírus provoquem sintomas semelhantes, como ocorre com a dengue e a febre oropouche. Ambos os quadros costumam gerar dor atrás dos olhos, dor nas articulações, febre, dor de cabeça, erupções cutáneas, náuseas e vômitos. Na febre oropouche, esse sintomas costumam durar entre dois e sete dias.

Assim como acontece na dengue, não há tratamento para o vírus da febre oropouche. Por isso, os cuidados se concentram no alívio dos sintomas. Para isso, pode ser feito o uso de analgésicos (remédios para dor) e antitérmicos (para a febre). Mas é importante consultar um profissional de saúde, já que há medicamentos contraindicados em caso de dengue – e, na dúvida sobre o diagnóstico correto, não dá para arriscar.

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