Em breve, a cidade do Rio de Janeiro adotará a internação involuntária de usuários de drogas, especialmente o crack. A capital será a primeira do país a adotar esta medida. As primeiras ações ainda não têm datas ou locais definidos para acontecer, mas devem ser em breve, segundo o prefeito Marcelo Crivella.
O assunto começou a ser discutido nesta quinta-feira (08), em reunião entre o prefeito e o ministro da Cidadania, Osmar Terra. Este, que é deputado federal, foi autor da Lei 13.840/19, que trata sobre o tema, sancionada em junho deste ano pelo presidente Jair Bolsonaro.
“A Lei da Internação Involuntária foi aprovada há pouco tempo. [O Rio de Janeiro] é a primeira capital que nos chama e que está disposta a enfrentar esta questão. A gente tem uma epidemia de drogas, uma epidemia de violência e, se nós não agirmos de forma integrada e pensando, sem açodamento, em resolver isso a médio e a longo prazos, nós não vamos chegar a lugar nenhum”, disse o ministro.
Casos mais graves
O prefeito do Rio disse que o objetivo é internar somente os casos mais graves, em que a pessoa não possui controle sobre sua própria vida.
Ainda, segundo ele, em números apurados pelas equipes especializadas do município, haveria cerca de 10 mil usuários de drogas crônicos na cidade, sendo que destes algumas centenas necessitariam de um atendimento médico involuntário, com internamento em vagas do sistema de saúde no município.