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Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul acumula quase 37 mil casos de dengue neste ano. A cidade de Santa Rosa lidera o ranking

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Em dez ocorrências o paciente não resistiu ao agravamento da doença. (Foto: EBC)

Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontam quase 37 mil casos de dengue no Rio Grande do Sul neste ano, número que certamente subirá na atualização estatística pós-feriado de Páscoa. Santa Rosa concentra a maioria das confirmações (4.596), seguida por Novo Hamburgo (4.578), São Leopoldo (3.358), Tenente Portela (2.760), Três Passos (1.581), Frederico Westphalen (1.396) e Três de Maio (1.079).

Transcorridos três meses desde o início de janeiro, 27 das 497 cidades gaúchas têm ao menos uma morte decorrente da infecção após picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O painel dengue.saude.rs.gov.br mostra os seguintes municípios no topo do ranking de óbitos, em ordem decrescente:

– São Leopoldo: 6 mortes.
– Novo Hamburgo: 5 mortes.
– Frederico Westphalen: 4 mortes.
– Tenente Portela: 4 mortes.
– Santa Rosa: 3 mortes.
– Canoas: 2 mortes.
– Cruz Alta: 2 mortes.
– Giruá: 2 mortes.
– Araricá: 1 morte.
– Capão da Canoa: 1 morte.
– Carazinho: 1 morte.
– Cerro Largo: 1 morte.
– Esteio: 1 morte.
– Gravataí: 1 morte.
– Independência: 1 morte.
– Iraí: 1 morte.
– Lajeado: 1 morte.
– Palmitinho: 1 morte.
– Porto Alegre: 1 morte.
– Redentora: 1 morte.
– Santa Cruz do Sul: 1 morte.
– Santana do Livramento: 1 morte.
– São Borja: 1 morte.
– Três de Maio: 1 morte.
– Três Passos: 1 morte.
– Vista Alegre: 1 morte.
– Vista Gaúcha: 1 morte.

Perfil de risco

A exemplo do que ocorreu no ano passado (não só no Rio Grande do Sul), a maioria dos gaúchos mortos pela doença é de idosos (a partir dos 60 anos) e com comorbidades (doenças crônicas pré-existentes e potencialmente agravantes de quadros de dengue e covid, por exemplo). Ambos os segmentos populacionais estão entre os de maior risco em caso de contaminação pela picada do inseto transmissor – a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

A onda de casos da doença motivou o governo do Estado, no dia 12 de março, a decretar situação de emergência em saúde pública. O objetivo é reforçar ações de prevenção e controle, bem como o atendimento a pacientes em um cenário de risco epidemiológico.

Com a medida, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) poderá destinar (e receber do governo federal) com maior agilidade os recursos necessários à compra de medicamentos e vacinas, dentre outros, sem os trâmites burocráticos de uma licitação, por exemplo.

Prevenção e sintomas

As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.

Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da  eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada. Confira os sinais mais característicos da dengue:

– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.

– dor retro-orbital (atrás dos olhos).

– dor de cabeça.

– dor no corpo.

– dor nas articulações.

– mal-estar geral.

– náusea.

– vômito.

– diarreia.

– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).

 

(Marcello Campos)

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