Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2022
Mesmo com o fim das campanhas, vacinas que compõem Calendário Nacional de Vacinação seguem disponíveis durante todo o ano
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilApesar do término da campanha nacional da vacinação contra a poliomelite pelo Ministério da Saúde em 30 de setembro, 12 Estados, dentre eles o Rio Grande do Sul, e o Distrito Federal decidiram prorrogar a ação, já que 54,21% do público-alvo (crianças de até 5 anos de idade) foi imunizado no País.
A meta de imunização do Ministério da Saúde era de 95% — índice que não é alcançado desde 2016. Mesmo com o fim das campanhas, as vacinas que compõem Calendário Nacional de Vacinação seguem disponíveis para a população brasileira durante todo o ano.
Erradicada em 1994
A doença foi considerada erradicada no Brasil em 1994, mas um caso suspeito em uma criança de três anos que não foi completamente vacinada está sendo investigado desde 5 de outubro no Estado do Pará. O ministro Marcelo Queiroga, porém, descartou a possibilidade da doença à CNN.
A poliomielite é uma doença contagiosa causada por vírus que pode infectar crianças e adultos. Nos casos graves, pode levar à paralisia nas pernas.
Explicação
Existem duas vacinas disponíveis na rotina dos serviços de saúde: a vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável; e a vacina oral poliomielite (VOP). O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade. Conforme o Calendário Nacional de Vacinação, o esquema vacinal preconizado é composto por três doses de VIP, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, mais dois reforços com VOP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
O Ministério da Saúde ressalta que, além de proteger contra doenças imunopreveníveis, a atualização da situação vacinal tem outros benefícios, como evitar a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos.
Reafirma-se que o Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1990. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre da doença, juntamente com os demais países das Américas, e vem envidando esforços para alcançar a meta dos indicadores preconizados para manter a doença eliminada.
Veja os Estados que decidiram prorrogar a campanha, até quando, e qual a respectiva porcentagem de vacinação:
1) Rio Grande do Sul – prorrogado até 22 de outubro
76% do público-alvo está imunizado
2) São Paulo – prorrogado até 31 de outubro
53% do público-alvo está imunizado
3) Rio Grande do Norte – prorrogado até 31 de outubro
54% do público-alvo está imunizado
4) Minas Gerais – prorrogado até 21 de outubro
77,2% do público-alvo está imunizado
5) Sergipe – prorrogado até 22 de outubro
57% do público-alvo está imunizado
6) Paraíba – prorrogado até 31 de outubro
93% do público-alvo está imunizado
7) Pará – prorrogado até 31 de outubro
44% do público-alvo está imunizado
8) Espírito Santo – prorrogado até 31 de outubro
57% do público-alvo está imunizado
9) Tocantins – prorrogado até 31 de outubro
58% do público-alvo está imunizado
10) Pernambuco – prorrogado até 31 de outubro
76% do público-alvo está imunizado
11) Roraima – prorrogado até 30 de outubro
29% do público-alvo está imunizado
12) Alagoas – prorrogado até 31 de outubro
80% do público-alvo está imunizado
13) Distrito Federal – prorrogado até 18 de outubro
43% do público-alvo está imunizado.