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Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul e Santa Catarina se unem em plano de ação territorial para conservação de espécies ameaçadas de extinção

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Ao todo serão contempladas 22 espécies do bioma Mata Atlântica, sendo 17 da flora e cinco da fauna da região do Planalto Sul do Estado

Foto: Reprodução
Ao todo serão contempladas 22 espécies do bioma Mata Atlântica, sendo 17 da flora e cinco da fauna da região do Planalto Sul do Estado. (Foto: Reprodução)

Uma parceria para elaboração de um PAT (plano de ação territorial) que visa conservar espécies ameaçadas de extinção foi oficializado entre a Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura), o IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) e o WWF (World Wide Fund for Nature) Brasil. Ao todo serão contempladas 22 espécies do bioma Mata Atlântica, sendo 17 da flora e cinco da fauna da região do Planalto Sul do Estado.

Na quarta-feira (22), o Rio Grande do Sul publicou a Portaria Sema 114/2020, que vem ao encontro da Portaria 260/2019, de Santa Catarina, na aprovação do Plano de Ação Territorial para conservação de espécies.

De acordo com o analista ambiental do Departamento de Biodiversidade da Sema, Leonardo Urruth, a secretaria e o IMA serão os responsáveis pela coordenação e facilitação dos processos, e a WWF Brasil, a agência executora do PAT a partir do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção.

“Os territórios delineados para implantação de planos de conservação foram escolhidos por critérios biológicos, onde as espécies ameaçadas estão em maior quantidade ou há aquelas espécies criticamente ameaçadas [CR]. Muitas não estão protegidas dentro de UCs (Unidades de Conservação) e precisam de outras ações para conservação. Por isso a gestão é compartilhada. É a primeira vez que os dois órgãos trabalham de forma conjunta”, explica Urruth.

Serão 41 ações distribuídas em seis objetivos específicos: promover a proteção e/ou recuperação dos ambientes de ocorrência conhecida e potencial das espécies focais; mitigar os riscos das espécies exóticas invasoras sobre as espécies focais e seus ecossistemas; contribuir com a redução da conversão de áreas nativas de ocorrência das espécies focais; reduzir as fontes de alterações físicas, químicas e biológicas prejudiciais aos ambientes de ocorrência das espécies focais; ampliar e difundir o conhecimento sobre espécies e ambientes; e fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis que conservem e restaurem a vegetação nativa.

A coordenadora do Projeto Pró-Espécies no WWF-Brasil, Gabriela Moreira, comemora a publicação conjunta das portarias e reforça a importância do engajamento dos parceiros para a conservação de espécies ameaçadas.

“Mais uma conquista que devemos comemorar. A articulação entre dois estados para a proteção de espécies ameaçadas no PAT Planalto Sul nos mostra que o trabalho em conjunto é poderosa ferramenta para gestão ambiental eficiente. O WWF Brasil tem orgulho de participar desta iniciativa”, aponta.

Elaboração e implementação do PAT Planalto Sul

Desde a elaboração do PAT Planalto Sul, em 2019, foram realizadas diversas ações de implementação em conjunto com os articuladores e o GAT (Grupo de Assessoramento Técnico), que tem representantes de diversas instituições, entre elas o Instituto Curicaca, a Uergs (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul), o Cetap (Centro de Tecnologias Alternativas Populares), a AMA (Associação Amigos do Meio Ambiente), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de São Francisco de Paula, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, o IMA e a Sema.

Em abril, a coordenação do PAT Planalto Sul elaborou uma proposta com diretrizes e objetivos para o plano de comunicação e o plano de sustentabilidade financeira. A proposta foi submetida à análise do GAT. Em maio, foi realizada uma reunião de alinhamento para organizar as expedições de campo pós-pandemia da Covid-19 e a elaboração de protocolos para o levantamento de informações para os distintos grupos de pesquisadores.

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