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Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul tem o segundo menor excesso proporcional de óbitos durante a pandemia

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Considerando todos os Estados, o RS apresenta atualmente a 12ª maior taxa de mortalidade por Covid-19 por 100 mil habitantes.

Foto: Fabrícia Costa/CRS/Divulgação
Ministério da Saúde anunciou neste semana o fim da emergência de saúde pública da Covid, mas ainda não publicou documento que determina o prazo para fim de medidas adotadas no País. (Foto: Fabrícia Costa/CRS/Divulgação)

Considerando o período da pandemia de 15 de março de 2020 a 31 de julho de 2021, o Rio Grande do Sul apresenta o segundo menor excesso proporcional de óbitos do País, segundo o governo gaúcho. Apresentado nesta quarta-feira (25), o levantamento do Gabinete de Crise, a partir de dados obtidos em parceria com a Vital Strategies e a Impulso sobre a diferença do número de mortes por causas naturais em comparação com as esperadas para o mesmo período, mostra que apenas Piauí tem menor excesso proporcional do que o RS.

Segundo os técnicos do Gabinete de Crise, o acompanhamento deste dado é fundamental, pois corrige possíveis diferenças entre os Estados para registrar um óbito por coronavírus ou por efeitos indiretos em outras causas naturais, além de contemplar a estrutura etária de cada Estado, uma vez que, normalmente, são esperados mais óbitos em Estados mais envelhecidos.

Considerando todos os Estados, o RS apresenta atualmente a 12ª maior taxa de mortalidade por Covid-19 por 100 mil habitantes. No entanto, apresenta apenas o segundo menor excesso proporcional de óbitos do País, tendo obtido percentual de 29,1% no período, menor do que a média nacional (39,3%).

O RS permaneceu até novembro de 2020 entre os menores números. A partir de então, houve uma aceleração nos dados de óbitos e, posteriormente, um pico entre fevereiro e abril de 2021. A partir de meados de maio foi observado o início de um processo de redução de tendência.

Outro dado importante destacado pela equipe é que o excesso de óbitos corrige as distorções oriundas dos formatos das pirâmides etárias, uma vez que é esperado mais óbitos em regiões com mais idosos, como é o caso do RS.

Por exemplo, o Estado tem 5,4% da população nacional, porém, 7,3% da população com mais de 60 anos. Assim, seria esperado, nesse grupo etário, 7,3% dos excessos de óbitos no país caso se tivesse o mesmo desempenho nacional, mas, de forma positiva, o RS apresentou 5,2%. A faixa etária acima de 60 anos, inclusive, apresentou a redução mais acelerada nas últimas semanas consideradas no estudo, como provável efeito do avanço da campanha de vacinação sobre estas idades.

Metodologia

A metodologia de excesso de óbitos consiste em subtrair de um total de óbitos observado uma quantidade de óbitos estimada para obter uma quantidade de óbitos além do esperado para um período específico.

Essa quantidade de óbitos que supera o que seria esperado é denominada de excesso de óbitos. Para tanto, se consideram todos os óbitos por causas naturais, não incluindo, portanto, os óbitos por causas externas.

Ao se relacionar a quantidade de óbitos em excesso com o total de óbitos esperados se tem o excesso proporcional de óbitos, uma medida do percentual de óbitos que superou o que já seria esperado para cada localidade, levando em consideração gênero e pirâmide etária.

Para produzir essa estimativa de óbitos, a Vital Strategies projeta, a partir dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus de 2015 a 2019, um total de óbitos esperados para 2020 e 2021 para cada faixa etária. Os óbitos de 2020 e 2021 têm como fonte os dados do Portal da Transparência do Registro Civil.

Sem Avisos ou Alertas

Pela segunda semana consecutiva, o governo do Estado decidiu pela manutenção do atual quadro do Sistema 3As, sem emissão de Avisos ou Alertas. A divulgação foi feita também após reunião do Gabinete de Crise, na tarde desta quarta-feira (25), com base no monitoramento de indicadores e recomendações feitos pelo GT Saúde.

A decisão da equipe considera o fato de que a tendência de crescimento no número de hospitalizações de casos suspeitos ou confirmados com Covid-19 registrada há duas semanas não se confirmou. Nesta semana, o número de internados em leitos clínicos e de UTI voltou a cair, confirmando a estabilização já registrada na semana passada.

No início da tarde desta quarta-feira, havia 826 pessoas internadas com suspeita ou confirmação de Covid-19 em leitos clínicos no Estado, número positivo quando se compara com um horizonte maior, de 30 dias atrás: queda de 21,5%.

O índice de pacientes em condições mais graves, confirmados ou suspeitos, também é positivo. São 706 pessoas hospitalizadas em leitos de UTI, menor número desde 1º de novembro de 2020. Entretanto, conforme a equipe técnica, avaliando uma janela menor, de 10 dias, o momento é de estabilização nos números do Estado.

O governo estadual segue monitorando todos os indicadores, em especial a propagação da variante Delta no Rio Grande do Sul. A área de Vigilância Genômica do Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde) segue acompanhando a situação em tempo real e alerta que o cenário é dinâmico e pode trazer mudanças significativas, inclusive identificar possíveis novas variantes caso venham a surgir.

Durante a reunião, foram novamente analisadas demandas de setores da sociedade, como pedidos para realização de eventos e mudanças de protocolos. Quanto à realização do desfile militar de 7 de setembro, o chefe da Casa Militar, coronel Júlio César Rocha Lopes, entrou em contato com o Comando Militar do Sul durante a reunião do Gabinete de Crise e foi informado que o desfile de Independência foi cancelado pelo Ministério da Defesa em todo o País em razão da pandemia.

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https://www.osul.com.br/rio-grande-do-sul-tem-o-segundo-menor-excesso-proporcional-de-obitos-durante-a-pandemia/ Rio Grande do Sul tem o segundo menor excesso proporcional de óbitos durante a pandemia 2021-08-25
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