Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 11 de março de 2017
O Rio de Janeiro vai ser incluído na área de recomendação de vacina contra a febre amarela, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Estado. Apesar de não ter sido registrada nenhuma morte, o Rio está cercado por três Estados com casos confirmados ou suspeitos de febre amarela.
Para a primeira etapa, já foram solicitadas 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde e a previsão é que a imunização seja intensificada a partir da última semana deste mês.
A solicitação das doses foi feito na semana passada e, segundo a assessoria de imprensa da SES, o Ministério da Saúde acatou o pedido. Com a inclusão do Rio na área com indicação para vacinação, a estimativa é que 90% da população fluminense seja imunizada até o fim do ano. Para isso, serão necessárias cerca de 12 milhões de doses.
“O Estado do Rio já vem adotando medidas preventivas, como a vacinação da população das cidades que estão próximas às divisas com os estados onde há confirmação de casos, estratégia que vem se mostrando eficiente uma vez que não há nenhum registro de caso da doença em humanos até o momento. Nossa equipe de Vigilância em Saúde vem acompanhando a evolução do cenário epidemiológico no país para que possamos fazer avaliações constantes e dessa forma, continuar nos antecipando, com foco na proteção da população fluminense”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.
A estratégia de vacinação como medida preventiva, que já vem sendo adotada pela SES em 30 municípios localizados nas divisas com Minas Gerais e Espírito Santo, Estados onde há casos confirmados da doença.
Todos os 92 municípios terão seus estoques abastecidos para que possam organizar suas campanhas de acordo com as capacidades operacional e de armazenamento de cada um. A estimativa é que 1,5 milhão de pessoas sejam imunizadas por mês.
Para tornar o sistema de vigilância mais sensível aos possíveis casos de febre amarela no território fluminense, a subsecretaria de Vigilância em Saúde também orientou os 92 municípios do estado quanto à nova definição para casos suspeitos: as prefeituras devem intensificar a vigilância por meio da notificação de todo evento suspeito, visando a detecção precoce e resposta coordenada dos serviços de saúde pública aos possíveis casos.
Para tornar o sistema de vigilância epidemiológica mais sensível, devem ser notificados para fins de investigação os casos de indivíduos com febre com até sete dias de duração, acompanhada de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, mialgia, artralgia, vômitos, icterícia e manifestações hemorrágicas, residente ou procedente nos últimos 15 dias de áreas de transmissão de febre amarela. (AG)