As risadas dadas pela plateia durante o discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) são um sinal do isolamento dos Estados Unidos no mundo, afirmou nesta quarta-feira (26) o líder da Guarda Revolucionária do Irã.
“Vocês viram e ouviram as risadas. A mensagem desse escárnio foi o desmoronamento de sua fachada e o aumento do isolamento da América, o que é uma grande vergonha política”, disse o major-general Mohammad Ali Jafari, de acordo com a agência Farsi.
Durante o discurso de Trump na terça-feira (25), feito na sede da ONU em Nova York, delegados de diversos países começaram a rir quando o americano iniciou sua fala elogiando os feitos de sua própria administração.
“Essa não é bem a reação que esperava, mas tudo bem”, afirmou Trump, que prosseguiu com seu discurso no qual defendeu o isolamento americano e fez diversas críticas ao Irã. “Pode ter certeza que o Irã e a região estão rindo de suas acusações falsas e ridículas, mas você não pode ouvir a risada de longe”, disse Jafari nesta quarta.
“América é o símbolo da opressão no mundo. Os oprimidos e aqueles em busca de liberdade vão se unir contra ela”, completou o líder iraniano.
Temer
Em encontro com empresários brasileiros e norte-americanos em Nova York (EUA), o presidente Michel Temer disse que continuará trabalhando para emplacar a reforma da Previdência: “Eu vou procurar o presidente eleito e tenho certeza que ele atentará para o fato de que a medida é indispensável e essencial para o Brasil”.
Ele aposta na superação do que chamou de “dificuldade de natureza eleitoral” para aprovar a reforma nos dois meses finais de seu mandato. Ao falar sobre o pleito de 2018, Temer avaliou que ainda que não há espaço para alternativas políticas à democracia no País.
“Hoje não existe no Brasil qualquer espaço político para que prosperem alternativas ao Estado Democrático de Direito. Consolidamos três consensos fundamentais desde a Constituição Federal de 1988. Primeiro, em torno da democracia. Depois, da estabilidade macroeconômica e das políticas sociais”.
O emedebista disse ainda que não tem a intenção de “prever cenários”, mas sim apresentar elementos sobre a dinâmica brasileira: “Vamos ser bastante objetivos, o fato é que os principais candidatos podem discordar sobre muita coisa, mas coincidem quanto a cada um dos três contextos”.
“Nenhum deles pôs em dúvida a democracia e nem haveria espaço para isso”, continuou, garantindo aos empresários que “não haverá volta atrás” em reformas empreendidas pelo seu governo, como a trabalhista ou o teto dos gastos públicos. “As reformas que ainda estão por fazer são inevitáveis”, disse, em menção à reforma tributária e da Previdência.