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Brasil Risco alto: dívida do Brasil pode alcançar 116,3% do PIB em 2034

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Embora alguns indicadores positivos, como o aumento na geração de empregos, tenham sido observados, persistem incertezas sobre a capacidade do governo de equilibrar crescimento econômico, sustentabilidade fiscal e inclusão social. (Foto: Agência Brasil)

Com a previsão da dívida bruta atingir 116,3% do PIB em 2034, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), a credibilidade do governo Lula volta a ser questionada. A permanência da taxa Selic em níveis elevados e fora do teto da meta do BC, encarece o financiamento da dívida, gerando ainda mais preocupações. Embora alguns indicadores positivos, como o aumento na geração de empregos, tenham sido observados, persistem incertezas sobre a capacidade do governo de equilibrar crescimento econômico, sustentabilidade fiscal e inclusão social.

De acordo André Matos, CEO da MA7 Negócios, iniciativas como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal são passos importantes para a recuperação da credibilidade. No entanto, a comunicação governamental tem sido apontada como um ponto fraco, gerando insegurança no mercado.

“Um exemplo dessa falha de comunicação foi a recente crise envolvendo o Pix, que poderia ter sido evitada com uma abordagem mais clara e direta por parte do governo. Essa percepção de ineficácia impacta negativamente a confiança dos investidores”, complementa Matos.

Embora o governo tenha avançado com pequenas reformas, a implementação de medidas de austeridade fiscal ainda é vista como insuficiente. Segundo Matos, há necessidade de cortes mais contundentes nos gastos públicos, e o aumento real no salário mínimo, embora tenha apelo social, pode criar pressões inflacionárias e agravar as contas públicas, especialmente considerando que a dívida bruta já ultrapassa 77,7% do PIB somando R$ 9,1 trilhões. A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda é outro ponto de preocupação. Embora beneficie a classe média e estimule o consumo, essa medida pode comprometer ainda mais a arrecadação fiscal.

Para Matos, a desburocratização é essencial para melhorar o ambiente de negócios. “A simplificação dos processos administrativos, a redução da intervenção estatal e o fortalecimento dos marcos regulatórios são fundamentais para atrair e reter investimentos produtivos”.

No entanto, a credibilidade do governo desmorona, especialmente diante da pressão para reduzir a taxa de juros, que é a principal ferramenta de controle da inflação. Ao tentar derrubar os juros, o governo enfraquece uma das principais bases da estabilidade econômica, gerando incertezas no mercado.

Apesar disso, o cenário ainda apresenta boas oportunidades para investidores. “Para fundos especializados, como os focados em distressed assets, com valuations mais baixos e maior necessidade de reestruturação, essas empresas se tornam alvos atraentes para aquisição a preços descontados. Isso possibilita aos investidores implementar mudanças operacionais e financeiras para recuperar valor no longo prazo. Além disso, esse cenário pode acelerar negociações de dívida e gerar novas alternativas nos setores mais impactados pela alta dos juros”, conclui Matos. As informações são do portal Terra.

 

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Dívida bruta do governo federal encerra 2024 em 8,98 trilhões de reais, ou 76% do PIB
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