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Armando Burd Risco calculado

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Maioria das siglas do centrão descarta estender atuais mandatos até 2022. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Fontes do Palácio Piratini têm duas convicções:

1ª) os deputados governistas só votarão a reforma administrativa, mais as modificações na Previdência do funcionalismo público, após a leitura detida do projeto, ainda não encaminhado. A análise exigirá tempo.

2ª) Se houver acordo, o Executivo fará convocação extraordinária da Assembleia Legislativa para votar o projeto, durante cinco dias em janeiro.

Novo front de conflito

Os deputados estaduais dedicaram a tarde de ontem para atacar o Poder Judiciário. Começaram criticando a decisão unânime dos desembargadores, segunda-feira, que considerou inconstitucional o congelamento de verbas dos poderes no orçamento de 2020.

Revide

Na sequência da sessão, pela primeira vez um projeto do Poder Judiciário foi derrotado na Assembleia Legislativa. Por 44 votos a dois, houve rejeição à proposta de extinção e criação de cargos efetivos em serviços auxiliares. Oficiais escreventes passariam a integrar quadro especial e as vagas existentes seriam preenchidas por técnicos judiciários, aprovados em concurso já realizado e que aguardam nomeação.

Cenas lamentáveis

1) Jair Bolsonaro fez campanha pela reeleição de Mauricio Macri.

2) O candidato Alberto Fernández chamou Bolsonaro de “racista, violento e misógino”.

3) Após o resultado, Bolsonaro anunciou que não cumprimentará o vencedor.

4) Fernández disse que torce pela libertação de Lula.

5) Se Brasil e Argentina saírem do Mercosul, conforme ameaças, haverá o fechamento de 2 milhões e 500 mil empregos, conforme cálculo da Confederação Nacional da Indústria.

Dormiram demais

Em fevereiro de 2016, ao julgar o habeas corpus de um réu, o Supremo Tribunal Federal entendeu, por sete votos a quatro, que a pena poderia ser executada depois da condenação imposta em segunda instância. O Congresso Nacional deveria, logo depois, ter tomado a iniciativa de provocar a alteração na Constituição Federal. O artigo 5º, inciso LVII, é claro: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Ao se omitir, foram criadas condições para o embate que agora ressurge no Supremo.

Perda de tempo

Quem acompanhou pela TV Câmara, ontem à noite, os pronunciamentos na sessão plenária, entendeu por que temas como a prisão, após decisão em segunda instância, é ignorado. Deputados federais se sucederam, na tribuna e no microfone de apartes, com manifestações redundantes e prestações de contas sobre questões vinculadas a municípios de seus estados.

Como sempre, a maioria pediu a inclusão das nobres ideias na Voz do Brasil. Com isso, fica tudo explicado.

Sede de poder

Em 2016, registraram-se 497 mil candidatos para concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em todo o país. Quatro anos antes tinham sido 482 mil. Para 2020, a projeção é que serão mais de 510 mil. Mesmo que os políticos recebam críticas da manhã à noite, a fila aumenta.

Deprimente

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, adiou ontem a votação do relatório final. A tragédia na cidade mineira ocorreu a 25 de janeiro deste ano, mas os parlamentares não têm pressa. Morreram 252 pessoas e 18 estão desaparecidos.

Briga pelo mercado

Informação da OAB: há 1 milhão e 160 mil advogados inscritos em todo o país. É mais do que o dobro de médicos: 474 mil e 300, conforme dado do Conselho Federal.

Tem limite

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, há 20 anos, declarou: “Mentir para dizer verdade é monopólio da literatura, técnica vedada aos historiadores.”

Acrescente-se: aos políticos também.

Da série Frases Famosas

A maioria dos eleitores só acredita nos candidatos em campanha quando dão notícias ruins. Como isso não acontece…

 

 

 

 

 

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