O Brasil enfrenta o ano mais seco em quase um século, mas a falta de chuvas tem pouco a ver com os aumentos na conta de luz, o risco de racionamento ou até apagão no sistema elétrico. Especialistas apontam como principal fator para situação atual, o investimento em termelétricas, que passaram de 13,5% da matriz energética 24,5%, em detrimento das hidrelétricas, que respondiam por 84,1% em 2006 para 61% este ano.
Dinheiro garantido
Além da alta na capacidade instalada, as termelétricas recebem mesmo sem ser acionadas. São bilhões pagos só para ficarem de “sobreaviso”.
Ambientalistas mudos
Entre 2013 e 2015, o governo Dilma investiu R$ 88,4 bilhões em fontes renováveis, mas despejou R$ 108,3 bilhões em fontes fósseis poluentes.
Início da mudança
Entre os anos 2016 e 2018, o governo Temer mudou um pouco o cenário e investiu R$ 78,7 bilhões nas renováveis e R$ 76,3 bilhões em fósseis.
Como mudou
Jair Bolsonaro, o “demônio do meio ambiente”, segundo ONGs, investiu R$ 43,4 bilhões na geração de energia em 2019: 60% em fonte renovável
Brasil chega hoje a 90 milhões de vacinas aplicadas
Profissionais de saúde de todo o País têm motivos para comemorar nesta terça-feira (22): o Brasil ultrapassa hoje a marca de 90 milhões de doses de vacinas aplicadas contra a Covid-19. Até agora, mais de 65,2 milhões de brasileiros receberam ao menos uma dose de vacina, dos quais mais de 24,5 milhões estão completamente imunizados, com duas doses. Os dados são da plataforma independente vacinabrasil.org.
Líder
O estado do Rio Grande do Sul continua à frente na campanha de imunização: 14,9% da população está totalmente imunizada.
Lanterna
O Amapá de Randolfe Rodrigues (Rede) continua na lanterna do ranking da vacinação no Brasil: 7,4% receberam duas doses e 19,9%, uma dose.
Distribuição
Segundo o Ministério da Saúde, o número de doses disponibilizadas passou de 123 milhões, das quais 105 milhões já estão com os estados.
Boas notícias do front
A Câmara fez História, aprovando mais uma vez a MP que viabiliza a privatização da Eletrobras e abre caminho para outras desestatizações necessárias. E o governo ainda deu nova demonstração de força.
Longe dos fatos
Completou aniversário a previsão mentirosa de um milhão de mortos por covid no Brasil até agosto de 2020. A mentira foi divulgada ad nauseam, com constrangedor entusiasmo, pela torcida fúnebre.
Mentiras ‘autorizadas’
A pelegada espalha fake news sobre reforma administrativa e a MP da Eletrobras sob autorização tácita de “agências verificadoras”. Agora alegam que a reforma vai “destruir o SUS”. É mentira.
Brasil 90 milhões
Espanha e França retomam atividades como casas noturnas, celebrando a vacinação. Somando os dois, e incluindo Portugal de lambuja, os três quase igualam as 90 milhões de doses de vacinas aplicadas no Brasil.
O que é bom, esconde
Sem comemoração, nem plaquinha, o mundo ultrapassou 164 milhões de infectados de covid já curados, ontem. Há outros 11,4 milhões de casos ativos, dos quais 0,7% (82,5 mil) são sérios ou críticos.
Vacina no braço
Randolfe Rodrigues foi interpelado em um posto de vacinação do Amapá sobre “a CPI da Palhaçada” e revelou sua fantasia: “prender Bolsonaro”, alegando que o presidente “não comprou vacinas”. Disse isso segurando o algodão sobre a picada da vacina comprada… pelo governo Bolsonaro.
Por si só, não é abuso
Depoimento demasiado longo não configura por si só o abuso de autoridade na CPI, aponta Mayara Tachy, defensora pública e professora de Processo Penal. Mas pode contribuir se é postergada a investigação com intuito de prejudicar, “com exposição na mídia, por exemplo”, diz.
Efeito da vacinação
O Brasil sentiu os efeitos dos dados represados no feriadão durante toda a semana passada, mas registrou ontem 761 mortes por covid. É alto, mas foi o melhor número em 113 dias e é resultado direto da vacinação.
Pensando bem…
… jabuti não sobe em árvore, mas entra no Congresso.
PODER SEM PUDOR
Vaia silenciosa
Tancredo Neves queria popularizar sua candidatura a presidente no Colégio Eleitoral e foi a um comício em Goiânia (GO). Diante da rejeição ao vice, por suas ligações à ditadura, Tancredo pediu ao governador Íris Rezende para evitar vaias a José Sarney. Íris negociou e conseguiu que a esquerda não o vaiasse, mas, no dia do comício, praça lotada, apareceram faixas tipo “Fora, Sarney!”. Ante o olhar de reprovação de Tancredo, Íris deu de ombros: “Vaiar, ninguém vaiou…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos