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Por Redação O Sul | 18 de junho de 2023
Infartos graves são mais prováveis de acontecer em uma segunda-feira do que em qualquer outro dia, sugerem pesquisas. Registros dos serviços de saúde da Irlanda mostram que o risco de um ataque cardíaco é 13% maior no primeiro dia da semana de trabalho.
E a explicação provável é o aumento do estresse devido à necessidade de voltar a trabalhar depois de um fim de semana de descanso.
Médicos do Belfast Health and Social Care Trust e do Royal College of Surgeons na Irlanda analisaram dados de 10.528 pacientes internados entre 2013 e 2018 em toda a ilha da Irlanda, incluindo a Irlanda do Norte.
Os pacientes apresentaram o tipo mais grave de ataque cardíaco – um infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (STEMI). Este problema ocorre quando uma grande artéria coronária é completamente bloqueada. Os médicos descobriram que ocorria um pico de ataques cardíacos STEMI principalmente na segunda-feira.
Estudos anteriores sobre o tema apontaram a alteração do ritmo circadiano – ciclo de sono ou vigília do corpo – como uma possível causa para o aumento de infartos na segunda-feira.
Estudos anteriores sugeriram que ataques cardíacos são mais prováveis em uma segunda-feira destacaram uma associação com o ritmo circadiano – o ciclo de sono ou vigília do corpo.
“O mecanismo exato para essas variações é desconhecido, mas presumimos que tenha algo a ver com a forma como o ritmo circadiano afeta os hormônios circulantes que podem influenciar ataques cardíacos e derrames”, disse Jack Laffan, cardiologista que liderou a pesquisa no Belfast Health and Social Care Trust, em comunicado. “É provável que seja devido ao estresse de voltar ao trabalho. O aumento do estresse leva ao aumento dos níveis do hormônio do estresse cortisol, que está associado a um maior risco de ataque cardíaco.”
Racismo: fator de estresse
A Fernanda e o filho, Luiz Fernando se mudaram de uma comunidade no Rio de Janeiro por conta da violência na região. Mas, para muito desses moradores, assim como eles, há uma outra causa de estresse: o racismo. Os dois retratam ainda a dificuldade de quem convive com preocupação excessiva por causa da cor da pele.
Fernanda está entre as mães que se pegam dando aos filhos ensinamentos que não deveriam ser necessários – nunca.
“A gente ia na loja eu dizia: vê de longe, não fica procurando nada dentro da bolsa quando está dentro da loja […] traz a notinha, bota a notinha num lugar fácil se te perguntarem…”, contou.
O menino ainda reforça outras orientações da mãe.
“Não fica perto da prateleira, porque senão vão achar que você está roubando alguma coisa. Por que? Só porque sou preto, entendeu?”.
O estresse está atingindo cada vez mais pessoas, independentemente de idade, gênero e da classe social.