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Variedades Risco de trombose é maior a partir dos 50 anos, alerta especialista

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Cirurgião vascular Nelson Wolosker, reitor da Faculdade Israelita de Ciências Médicas da Saúde Albert Einstein, e a hematologista Joyce Annichino, da Unicamp. (Foto: Divulgação/CNN)

O Dia Mundial da Trombose (13 de outubro) visa conscientizar a população sobre a importância de prevenir a doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), mais de 489 mil brasileiros foram internados para o tratamento de tromboses venosas entre janeiro de 2012 e agosto de 2023.

Para falar sobre o tema, Dr. Roberto Kalil recebeu o cirurgião vascular Nelson Wolosker, reitor da Faculdade Israelita de Ciências Médicas da Saúde Albert Einstein, e a hematologista Joyce Annichino, professora titular de Hematologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) no “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” desse sábado (12).

De acordo com o Ministério da Saúde, a trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue, causando inchaço e dor na região.

Segundo os especialistas, existem diversos fatores de risco para trombose, sendo a idade um dos principais. “A partir de 50 anos aumenta exponencialmente o risco de trombose em relação à idade”, diz Joyce. Segundo a médica, por conta do aumento da expectativa de vida da população, a incidência de trombose vem aumentando.

Além disso, segundo Wolosker, há três situações principais que podem aumentar as chances de eventos trombóticos. “São eles: estase. Quer dizer, o sangue parado, o indivíduo que está parado, sentado muitas horas, em um avião, por exemplo. Depois, lesão ou trauma e, por último, status de hipercoagulabilidade. São pessoas que estão com alguma doença, como neoplasia, ou que têm condições do próprio organismo aumentam as chances de ter trombose”, afirma.

A trombose também ocorre com mais frequência em pessoas em tratamento de algumas doenças específicas, como câncer, ou pacientes que passaram por cirurgia ou estão em internação. “Quando os médicos falam: ‘você foi operado, sai andando’, é para andar mesmo, porque a imobilização não é uma boa coisa”, explica Wolosker, ressaltando, inclusive, a importância da atividade física para a prevenção.

Um dos fatores de risco mais conhecidos para a trombose é o uso de pílula anticoncepcional. Isso é um dos aspectos que fazem com que a incidência de trombose seja maior em mulheres do que em homens. Porém, nem todas as mulheres têm risco aumentado de eventos trombóticos relacionados ao método contraceptivo.

“O que é importante em relação à contracepção é a história da mulher que vai começar a utilizar. Tem que ver se ela tem a história familiar ou a história dela mesmo de já ter tido uma trombose, para a gente contraindicar o uso do anticoncepcional. Vale a pena fazer estudos genéticos para toda mulher que vai usar um contraceptivo? Não tem indicação”, afirma Joyce.

Sintomas de trombose

Os sintomas de trombose podem variar de acordo com o tipo da condição. No caso da trombose venosa profunda, o sintoma clássico é a dor intensa. Além disso, a perna pode apresentar inchaço e tom azulado. A dificuldade para por o pé no chão também é um sinal de alerta.

“Infelizmente, não são todos os casos assim. Há pacientes que não têm sintoma nenhum, o que torna o quadro eventualmente muito mais grave”, afirma o cirurgião vascular.

Uma das principais complicações da trombose venosa profunda é a embolia pulmonar. “A gente fez um estudo em que a gente pegou cem pacientes que tinham trombose venosa profunda, estavam no pronto socorro, e a gente fez tomografia de tórax em todos eles, apesar de eles não terem sintoma pulmonar nenhum e nem alteração cardíaca. E a gente encontrou 74% de embolia pulmonar”, relata.

Já no caso da trombose arterial, a formação do coágulo acontece em uma artéria. Nesses casos, podem ocorrer sintomas relacionados ao infarto e ao acidente vascular cerebral (AVC).

“Se ocorrer no coração, é o sintoma do infarto. Se for no sistema nervoso central, é um AVC. A pessoa pode ter uma crise convulsiva, diminuição de força, alteração de sensibilidade…”, explica Joyce.

Neste caso, a dor também é intensa, mas a pele pálida. “O indivíduo tem que voar para o hospital, porque geralmente ele vai ter quatro horas para ser tratado, porque senão é gangrena ou morte, é gravíssimo.”, diz Wolosker. O tratamento, em geral, é feito com repouso e o uso de anticoagulantes. As informações são da CNN.

 

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