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Rio Grande do Sul Riscos do uso de “cigarro eletrônico” são tema de palestra na Associação Médica do Rio Grande do Sul

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Evento . (Foto: EBC)

Sob uma crescente popularidade do uso dos chamados “cigarros eletrônicos”, principalmente entre os jovens, os impactos do dispositivo à saúde têm motivado especialistas a promoverem debates e esclarecimentos. Essa é a ideia  da edição desta terça-feira (9) do Ciclo de Palestras da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), em Porto Alegre.

O evento é gratuito, com inscrição por meio de link no site amrigs.org.br tem início marcado para as 19h30min. É possível participar de forma presencial na sede da entidade (avenida Ipiranga nº 5.311, bairro Jardim Botânico, na Zona Leste) ou on-line. São apoiadores da iniciativa a Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS) e a Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul (SPTRS).

Com um aumento alarmante de doenças associadas ao dispositivo, que potencializa os riscos de produtos convencionais como cigarro comum, charutos, cachimbos e assemelhados, a entidade. Dados do governo federal apontam que somente nos últimos seis anos houve um aumento de 600% na utilização dos chamados “vapes”. Calcula-se em aproximadamente 3 milhões o número de usuários adultos do dispositivo no País.

Contando com a experiência da médica Manuela Cavalcanti, presidente da SPTRS, e de sua colega Fernanda Lia de Paula Ramos, especialista em Dependência Química e Psicoterapia, a palestra promete um debate abrangente sobre o assunto. Dentre os objetivos está o de proporcionar uma conversa franca entre profissionais de saúde e a comunidade – incluindo pais, professores e gestores escolares.

Saiba mais

Os “cigarros eletrônicos” são dispositivos alimentados por bateria que exalam uma espécie de aerossol contendo nicotina e outras substâncias. Muitos acreditam que cigarros eletrônicos ajudam as pessoas a deixarem de fumar cigarros comuns e que são “saudáveis” por exalar apenas “vapor de água”. Só que não.

A vantagem ao usuário é zero. Os “vapes” contêm nicotina (droga que leva à dependência) e mais de 80 substâncias químicas, muitas das quais comprovadamente cancerígenas. Há também o risco de trombose, AVC, hipertensão e infarto do miocárdio, dentre outros problemas que podem levar o indivíduo à morte.

Estudos também mostram que o cigarro eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances do usuário fumar também cigarros comuns.

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e a propaganda dos cigarros eletrônicos em todo o País. Mas sua comercialização continua intensa na internet: não por acaso, é comum a presença do dispositivo nos mais variados ambientes.

(Marcello Campos)

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