Ícone do site Jornal O Sul

Rita Lee vai ser nome de Praça em São Paulo

Projeto de criação do Parque Bixiga. (Foto: Divulgação)

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou o projeto de lei que dá o nome da cantora Rita Lee a uma praça no Parque Ibirapuera, na Zona Sul da capital paulista. Ela morreu em 9 de maio de 2023.

O projeto de lei, de autoria de Milton Leite (União Brasil) e da vereadora Luna Zarattini (PT), dá o nome de Rita Lee à Praça da Paz, bem no coração do Ibirapuera. O projeto foi aprovado de forma simbólica e segue agora para a sanção do prefeito.

Disputa

Durante anos, o terreno do futuro Parque do Bixiga foi alvo de disputa entre o dramaturgo Zé Celso, fundador do Teatro Oficina Uzyna Uzona, e de Silvio Santos. Dono do local desde a década de 80, o Grupo Silvio Santos pretendia construir três prédios de até 100 metros de altura.

Zé Celso defendia que a construção dos prédios prejudicaria as atividades culturais do teatro e desconfiguraria o projeto da arquiteta Lina Bo Bardi. O Teatro Oficina também foi inscrito no Livro do Tombo Histórico e no Livro do Tombo das Belas Artes, pelo Iphan (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional) em 24 de junho de 2010.

O tombamento determina os padrões para a preservação das características do espaço, e delimita como entorno a área de proteção visual em frente ao Viaduto Júlio de Mesquita Filho.

Durante anos, Zé Celso e Silvio Santos se reuniram diversas vezes para tentar resolver o impasse do terreno. O dramaturgo morreu em um incêndio em julho do ano passado sem ver o sonho do Parque Bixiga ser concretizado.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público anunciou que iria destinar R$ 51 milhões para o futuro parque. A verba virá da Uninove, que assinou termo com o MP para destinar cerca de R$ 1 bilhão para evitar um processo por suspeita de pagamento de propina.

Plano Diretor

No documento que a Prefeitura enviou para a Câmara, são mencionados pontos previstos no Plano Diretor como justificativa para a criação do Parque do Bixiga. Entre eles: ampliar e requalificar os espaços públicos, as áreas verdes e permeáveis e a paisagem; proteger o patrimônio histórico, cultural e religioso e valorizar a memória, o sentimento de pertencimento à cidade e a diversidade; e recuperar e reabilitar as áreas centrais da cidade.

Sair da versão mobile