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Robert De Niro, que tem filho com transtorno do espectro autista, estrela filme sobre o tema

Filme busca conscientizar o público em relação ao tema. (Foto: Reprodução)

A dimensão pedagógica do cinema sustenta o drama familiar “Meu filho, nosso mundo”. Desde a largada da trama nota-se o objetivo de conscientizar o público em relação aos cuidados a dedicar a crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista. É uma empreitada coletiva de sensibilização: o roteirista Tony Spiridakis, o produtor William Horberg e o ator Robert De Niro têm filhos com Transtorno do espectro austista.

O longa conta a história de Max Bernal (Bobby Cannavale), um comediante que está em baixa, tanto na carreira, quanto no casamento, até que ele decide levar seu filho Ezra (William A. Fitzgerald), de 11 anos e diagnosticado com autismo, para uma viagem de carro. Além disso, um terceiro elemento entra nessa história: interpretado por Robert De Niro, o avô de Ezra, Stan, também embarca nessa jornada de amadurecimento familiar.

“Era importante garantir que fizéssemos isso da forma certa. E eu pensei que, com esses dois caras [Tony Spiridakis, roteirista, e Tony Goldwyn, diretor] liderando o caminho, tínhamos uma boa chance de acertar. Quando entrei, cerca de um ano e pouco antes de começarmos a trabalhar no filme, mergulhamos no mundo das pessoas da comunidade autista”, conta Cannavale.

O roteirista do filme, Tony Spiridakis, é pai de Max, um homem de 24 anos diagnosticado com autismo. Sua escrita teve uma reflexão pessoal de como um pai deve parar de se culpar para acolher o filho. William Horberg, produtor do filme, que também é pai de um filho com transtorno do espectro autista, relembra que ficou tocado ao ler o roteiro. “Como pai de um rapaz de 18 anos com autismo, a história me nocauteou. Foi tão honesta e real… Eu pude sentir que foi escrita por alguém que viveu essa experiência”.

Em 2016, o astro Robert De Niro revelou ao mundo, por meio de um comunicado, que seu filho Elliot, na época com 18 anos de idade, tem autismo. Segundo informações da People, ele informou:
“Grace e eu temos um filho com autismo e nós acreditamos que é fundamental que todas as questões relacionadas com as causas do autismo sejam discutidas abertamente e examinadas”.

Questionado sobre as dificuldades para criar seu personagem, o ator explicou que não tinha conhecimento sobre o autismo. Para reverter essa situação, o ator trabalhou em pesquisa de campo. Todo o resultado desse conhecimento, segundo o ator, pode ser visto em uma cena específica do longa.

“Há uma cena no consultório do médico que prescreve Risperdal e imediatamente Max sabe do que se trata. Ele sabe quais são os sintomas, os efeitos colaterais”, declarou.

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