O ex-deputado Roberto Jefferson sofreu queda na cela onde está preso em Bangu 8, no Rio de Janeiro (RJ).
O caso aconteceu na sexta-feira (2). Segundo relatos, Jefferson bateu a cabeça e precisou ser internado no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, dentro do complexo penitenciário.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediu informações para a administração do presídio sobre o estado de saúde de Jefferson na sexta.
No sábado (3), a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, encaminhou a documentação médica para o ministro Alexandre de Moraes. O STF, então, autorizou que Roberto Jefferson seja transferido do presídio Bangu 8 para um hospital particular no Rio de Janeiro.
Conforme disseram os advogados, a transferência é necessária para que o ex-deputado possa realizar exames e ser submetido a “tratamento médico completo e adequado”.
Segundo a sua assessoria, Roberto Jefferson não consegue comer nem se hidratar e já emagreceu 15 kg.
Jefferson foi preso em outubro do ano passado após descumprir medidas cautelares e também por ter resistido a ordem de prisão, disparando tiros de fuzil contra policiais federais e atirando granadas contra agentes da Polícia Federal.
Ele disparou ao menos cerca de 50 vezes e arremessou três granadas contra quatro policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes. Dois agentes ficaram feridos. Foram apreendidas armas, carregadores e mais de 8 mil munições.
Depoimento de Jefferson
Em depoimento na Justiça Federal, Jefferson admitiu, no dia 26 de maio, que atirou cerca de 50 vezes e que arremessou três granadas de luz e som contra os quatro policiais federais que foram prendê-lo em 23 de outubro do ano passado.
O ex-parlamentar disse ainda que não teve a intenção de matá-los. Na ocasião, dois agentes da Polícia Federal tiveram ferimentos leves.
Jefferson disse ainda que está arrependido do que fez e pediu desculpas aos policiais que foram à casa dele para cumprir uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Ele foi interrogado por cerca de duas horas na Justiça Federal de Três Rios (RJ). Roberto Jefferson é acusado de tentativa de homicídio contra os quatro agentes federais, além de resistência qualificada, posse ilegal de arma e de três granadas adulteradas.
“Eu estava no meu quarto no celular quando vi os policiais chegarem pela câmera de monitoramento. Peguei a carabina que fica do lado da minha cama e a bolsa com os três artefatos. Fui pra varanda. Eles disseram que foram me prender e fazer busca na minha casa. Eu disse que não ia, que estava sendo perseguido pelo Alexandre de Moraes, e falei pra eles [policiais] saírem de lá. Um policial pulou o portão”.
Depois disso, Jefferson declarou que mostrou a bomba de luz para os policiais e disse que iria arremessá-la.
“Aí eles correram, se abrigaram. E eu só lancei depois. Depois eu disparei no pára-brisa, na capota, no giroflex. Dei uns 45, 50 tiros”.
Entretanto, Jefferson negou que tenha atirado na direção dos agentes. E disse que sua intenção era resistir à ordem de prisão.