O cantor britânico Rod Stewart, 77 anos, afirmou ter recusado proposta para se apresentar na cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar, que será realizada neste domingo (20). A oferta de cachê teria sido superior a US$ 1 milhão (equivalente a mais de R$ 5 milhões).
Conforme o artista (que é fã de futebol), o convite foi feito há pouco mais de um ano. A recusa teria sido motivada pelo fato de que ele não considera “correto” participar desta edição do evento, por causa de violações de direitos nos emirados do Oriente Médio.
“E os iranianos também não deveriam ir, por fornecerem armas”, acrescentou o cantor em entrevista ao jornal “The Times”. Ao longo deste mês, foi divulgado pela imprensa internacional que o Irã forneceu drones e mísseis à Rússia para utilização em ataques à Ucrânia.
Com a decisão, Stewart se juntou a personalidades como a cantora Dua Lipa, que recentemente confirmou que não compareceria à cerimônia de abertura e que não pisaria no Catar até que haja respeito pelos direitos humanos.
Violações no Catar
O Catar tem sido alvo de críticas devido a violações dos direitos das mulheres e da população LGBTQIA+.
Em 8 de novembro, o embaixador da Copa do Mundo, Khalid Salman, afirmou em entrevista que a homossexualidade é “dano à mente”.
Em várias ocasiões, a Human Rights Watch denunciou a prisão e maus-tratos contra pessoas LGBTQIA+. “Enquanto o Catar se prepara para sediar a Copa do Mundo, as forças de segurança estão detendo e abusando de pessoas LGBTQIA+ simplesmente pelo que são, aparentemente confiando que os abusos pelas forças de segurança não serão relatados e controlados”, disse Rasha Younes, pesquisadora de direitos LGBTQIA+ da entidade.
A mesma organização internacional questionou a Fifa sobre uma série de abusos que os trabalhadores imigrantes sofreram no período que antecedeu a Copa do Mundo. “Eles sofreram danos graves, incluindo mortes, ferimentos e roubo de salários.”