Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2024
Rodrigo Faro recebeu o convite para interpretar Silvio Santos sem imaginar que essa proposta viria de fato – afinal, foram 15 anos trabalhando como apresentador, deixando a carreira de ator de lado. Todos ao redor de Faro achavam a ideia curiosa, mas ninguém o desencorajou. Até que ele tomou uma decisão: marcou uma reunião com o próprio Silvio Santos, que chancelou o trabalho. O resultado chega agora aos cinemas, Silvio.
“Eu fiz esse filme para ele, na verdade. Não foi para mim, para minha carreira, para o meu ego, nada disso. Fiz para que ele pudesse vê-lo em vida”, diz Faro, lamentando a morte do apresentador, em agosto. “Foi o maior desafio da minha carreira. Dei o meu melhor, minha vida. Parei tudo para fazer esse filme para ele e por ele. A única coisa que me entristece é não poder chegar para ele e perguntar: ‘E aí, Silvão, o que achou? Cheguei perto?’.”
Ao contrário de cinebiografias convencionais, que buscam retratar toda a vida de um artista, o filme protagonizado por Faro se concentra em um dos episódios mais traumáticos da vida de Silvio Santos: o sequestro em sua mansão, horas depois de a filha Patrícia ser liberada pelo mesmo sequestrador. Enquanto mostra a tensão desse momento, Silvio também resgata lembranças e memórias do apresentador criança e no início da carreira.
É, assim, uma busca para tentar humanizar um dos nomes mais conhecidos da história da televisão brasileira. “É um Silvio diferente. É o Senor Abravanel, o ser humano, o Silvio humanizado”, diz Faro.
“Foi um desafio gigantesco e amedrontador, especialmente por ser esse personagem. Imagina a mistura: 15 anos sem atuar, consolidado como apresentador, e aí, de repente, preciso interpretar outro comunicador, muito maior do que eu, num filme sobre um sequestro”, diz o ator e apresentador.
Críticas
Alvo de críticas e piadas desde que surgiu caracterizado como Silvio Santos para o filme sobre a história do apresentador, Rodrigo Faro se pronunciou sobre os comentários que recebeu.
Em entrevista ao colunista Lucas Pasin, do Splash, o famoso declarou que isso faz parte do trabalho e que até se divertiu com isso.
“Tem que estar preparado para comentários e brincadeiras, para esse clima de internet. Se não estiver preparado, nem desça para o play”, disse. “Chamaram de Silvio Santos do GTA, Raul Gil, de Quico [personagem de ‘Chaves’]. Acho maravilhoso”, confessou.
“Brincar e comentar, faz parte. Mas, o mais importante, é valorizar o cinema nacional. Temos que falar dos nossos profissionais, dos nossos caracterizadores. Foram três mulheres que fizeram essa caracterização maravilhosa”, exaltou.
Faro, que detalhou que levava três horas para conseguir se caracterizar, disse que espera que o resultado toque o coração das pessoas.
O famoso, que trabalhou como ator durante anos, abriu o jogo e contou se pensa em voltar para a teledramaturgia.
Na conversa, o contratado da Record pontuou que por enquanto o filme foi uma “experiência única”.
“Voltei a atuar para esse projeto específico. Não sei como vai ser daqui pra frente, mas essa homenagem eu tinha que fazer”, declarou.