Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2025
Meia argentino prestou novo depoimento e segue em liberdade no aguardo de julgamento
Foto: Rodrigo Coca/Agência CorinthiansIndiciado por homicídio culposo pelo Ministério Público da Argentina, o jogador do Corinthians Rodrigo Garro pode pegar de 3 a 6 anos de prisão devido a um atropelamento com morte. De acordo com o código penal do país, a pena mínima para homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) é de 1 a 5 anos. No entanto, existe um agravante para motoristas sob efeito de entorpecentes ou álcool.
A “condução imprudente e negligente de veículo automotor”, de acordo com o código penal, ocorre quando, além do homicídio, há omissão de socorro, excesso de velocidade, a violação de leis de trânsito ou a condução do veiculo com um teor alcoólico igual ou superior a quinhentos miligramas por litro de sangue, caso de Garro.
O MP Argentino investiga as circunstâncias do acidente. Com as evidências ainda sendo levantadas, as autoridades aguardam a conclusão das perícias para definir se o jogador precisará passar pelo Tribunal.
O acidente ocorreu neste final de semana. Garro atropelou um motociclista, que faleceu no local, na cidade de General Pico, na província de La Pampa – a cerca de 620 quilômetros de Buenos Aires. Segundo a imprensa argentina, a vítima foi identificada como Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos.
Armando Agüero, procurador-geral da cidade de La Pampa, afirmou que o jogador não precisou ser preso por ter a documentação em ordem e ter colaborado em todos os momentos com a polícia. De acordo com o MP argentino, que está conduzindo as investigações, Garro viajava com um acompanhante – ambos saíram ilesos do acidente – e teve uma forte batida com o motociclista. Segundo a autoridade, o jogador testou positivo no bafômetro realizado, com índice de 0,5 de álcool no sangue.
O MP não solicitou restrições de saída da Argentina, mas o atleta foi enquadrado no artigo 84, que trata de condução imprudente, teve a carteira de habilitação suspensa e não poderá dirigir qualquer tipo de veículo até o fim do processo. Garro segue em liberdade e voltará ao Brasil na segunda-feira de noite para se reapresentar ao Timão na terça pela manhã, com todo o elenco, para a pré-temporada.
Defesa
O advogado do meia Rodrigo Garro, do Corinthians, deu detalhes neste domingo da versão do jogador sobre o acidente automobilístico com vítima fatal no qual ele se envolveu.
David Divan, que cuida da defesa de Garro, afirmou que o jogador dirigia um carro alugado e que havia consumido “uma ou duas taças” de bebida alcoólica antes do acidente, na noite de sábado.
“Ele não toma álcool habitualmente, é um esportista de elite. Era seu aniversário, ele havia brindado em uma ou duas ocasiões. Ele foi para casa, trocar de roupa, com um amigo. Ele tentou virar (na rua) e não conseguiu ver a motocicleta”, afirmou.
Segundo o advogado, a moto envolvida no acidente estava com as luzes apagadas.
“Rodrigo (Garro) transita habitualmente por essas ruas e está acostumado a dirigir caminhonetes de grande porte. O que aconteceu foi um acidente imprevisto”, disse David Divan, em entrevista a veículos de imprensa da Argentina.