Depois de cumprir agendas na zona sul, o líder do PL na Assembleia gaúcha Rodrigo Lorenzoni – que semana passada notificou autoridades do governo do Estado e as forças policiais gaúchas sobre as ações criminosas na região da Campanha, da organização conhecida como MST –, foi a Hulha Negra. No interior do município, às margens da BR 293, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra estão acampados, pressionam pela desapropriação de terras e ameaçam invadir propriedades.
A cerca de um quilômetro do acampamento do MST, Rodrigo encontrou ruralistas da região que estão mobilizados pela segurança das propriedades rurais e fazem vigília. “Para mim, o direito à propriedade é uma das pautas mais importantes do mandato. E nós estamos aqui acompanhando com preocupação essa situação. Não podemos admitir que esse movimento extremista continue ameaçando ruralistas, pois em outras situações, os acampamentos resultaram em invasões, lavouras queimadas, animais mortos e até cárcere privado. É o nosso direito à propriedade e à liberdade que está ameaçado”, justifica Rodrigo.
Deputados convocam Marina Silva para explicar “perseguição ao agronegócio”
O recente decreto assinado pelo presidente da República, Lula da Silva, e assinado pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva, foi visto por parlamentares da bancada ruralista como um movimento do governo para enfraquecer o agronegócio. O decreto suspende o registro do Cadastro Ambiental Rural (obrigatório) e impõe restrições de crédito em situação de infrações ambientais, mesmo após a regularização. Por conta disso, os deputados querem a presença de Marina na Câmara explicando a “perseguição ao agro”. O requerimento de convocação foi apresentado pelos parlamentares Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Vitor (PL-MG).
Lula diz que não tem culpa por reduzir mulheres no governo
O presidente Lula (PT), reprisando o velho estilo do “eu não sabia” ou “é de um amigo”, decidiu terceirizar a responsabilidade pelos atos de demissão de mulheres no governo, que ele assinou. Lula, sabendo que não será contestado pela imprensa amestrada, disse nesta 6ª feira (27) que lamenta ter tirado mulheres de cargos de liderança de seu governo, mas que os partidos políticos com quem construiu relações não tinham nenhuma outra mulher para indicar aos postos. Segundo o petista, ele não pôde fazer nada. A resposta de Lula, subestimando a inteligência dos brasileiros: “Quando você estabelece aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. […] Quando um partido político tem que indicar uma pessoa e não tem mulher, eu não posso fazer nada”.
Oposição pede que TCU e PGR que investiguem viagem de Janja ao RS
O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Evair de Melo (PP-ES), protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Tribunal de Contas da União (TCU) o pedido de investigação sobre a viagem da primeira-dama do Brasil, Rosângela Silva, a Janja, ao Rio Grande do Sul. Segundo o documento, nesta viagem, Janja, sem qualquer legitimidade teria usurpado o cumprimento da agenda presidencial. Segundo o texto do pedido, “Janja da Silva, sem estar investida em qualquer função pública, usufrui tão amplamente dos recursos do erário público para desempenhar funções que não lhe competem. O que justifica essa assunção de responsabilidades públicas e a legitimidade em gastar dinheiro público? Parece-nos bastante temerário e motivo assaz para auditoria do TCU”.
Eduardo Leite diz que Lula usa fórmula “antiga” e “defasada” para governar
Em entrevista ao Estadão, o governador gaúcho Eduardo Leite, considerado “um dos nomes cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2026”, disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao final do primeiro ano com uma fórmula de desenvolvimento “antiga” e “defasada” e demonstra “dificuldades de modernizar”. O tucano elogia na entrevista, a capacidade de diálogo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas observa que, do ponto de vista econômico, “a lógica, que é a lógica do PT, tem menos cuidado com o gasto público”. Com palavras moderadas, criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por querer, segundo ele, legislar na questão da política de drogas, uma discussão que, em seu entender, deve ser do Congresso Nacional. “Acho que esse debate é na seara política”. Sobre as ações do governo Lula, Leite disse: “Eles fazem um programa habitacional, construção civil aqui, fabricação de veículos ali, mas estruturalmente não dão colaboração numa nova lógica de desenvolvimento econômico sustentável para o País”, afirma. “Vamos caminhando no final deste primeiro ano de governo com uma fórmula de desenvolvimento antiga, parece que tem dificuldades de modernizar.”