Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2024
Circula nas redes sociais um vídeo que afirma que o rompimento parcial de uma das três barragens no rio das Antas, no Vale do Taquari, contribuiu para agravar a catástrofe climática no Rio Grande do Sul. O vídeo, no entanto, é falso.
O vídeo “O que realmente aconteceu com a barragem 14 de Julho no RS”, publicado no canal do YouTube “Construction Time”, já tem mais de 1 milhão de visualizações e 33 mil curtidas.
Na região do Vale do Taquari, existem três hidrelétricas no Rio das Antas, que pertence à bacia hidrográfica Taquari-Antas. As três usinas são administradas pela Companhia Energética Rio das Antas (Ceran).
Em nota, a Ceran confirma que “que detectou às 13h40, do dia 2 de maio, o rompimento parcial do trecho direito da barragem da Usina 14 de Julho, devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde terça-feira (30 de abril)”.
No entanto, diz a empresa, após a análise do grupo técnico, foi constatado que o rompimento parcial não representou aumento significativo nas vazões já existentes na Bacia Taquari-Antas. Segundo a Ceran, foi registrado aumento de 35 cm no nível do rio na cidade de Santa Tereza, e de 25 cm em Muçum.
A Ceran informou ainda que as três barragens possuem vertedouro do tipo soleira livre, ou seja, não têm capacidade de armazenamento e nem de regular o fluxo do rio. Toda água que não vai para as turbinas passa sobre crista a barragem. Segundo a empresa, em situações de alta afluência, a vazão de água que passa por cima da barragem é a mesma que passaria se ela não existisse.
Voltar Todas de Rio Grande do Sul