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Brasil Ronaldinho Gaúcho recebeu homenagem em Assunción horas antes de ser detido no Paraguai

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Ronaldinho Gaúcho e a empresária Dalia Lopez: ela é suspeita de usar visita do ex-jogador para lavar dinheiro. (Foto: Reprodução)

Na última quarta-feira, horas antes de ser detido pela primeira vez no Paraguai por utilizar documentos falsos, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho havia recebido o título de “Cidadão Honrário” da Câmara de Vereadores da capital do país, Assunción. Ele recém desembarcara na cidade, sob escolta de policiais e militares quando compareceu à entrega da honraria, proposta pelo parlamentar Oscar “Nenecho” Rodriguez.

O ex-camisa 10 de times como Grêmio, Barcelona e Seleção Brasileira compareceu à cerimônia ao lado da empresária Dalia Angélica López Troche. Nas redes sociais do idealizador da homenagem não foram publicados registros do evento, mas o perfil  da revista “Enterate” no Instagram compartilhou um registro da cerimônia.

Aliás, Ronaldinho está vestindo a mesma camisa branca e a boina preta da sua marca na qual ele foi detido pela polícia na suíte presidencial do hotel Yatch e Golf Club, onde está hospedado com o irmão.

Mas uma parte da história estava ainda sem resposta: como o ex-meia do Barcelona já portava um passaporte e uma identidade paraguaias falsas na manhã de quarta-feira, as autoridades foram informadas pela Migração e só o detiveram na noite do dia 4. A explicação está em uma foto: “R10” foi homenageado na Câmara Municipal de Assunción.

O diretor de Migração, Alexis Penayo, declarou ao jornal local “ABC Color”, que informou o Ministério do Interior a tempo que a dupla portava carteiras de identidades e passaportes adulterados. No entanto, ele foi ignorado. Penayo disse que cumpriu o seu trabalho ao relatar, na tarde de quarta-feira, a existência de documentos irregulares apresentados pelo ex-jogador de futebol, mas afirma que nada foi feito até a noite.

Ele indicou que o passaporte que Ronaldinho possuía saiu com um carimbo de identificação. E disse que havia dois passaportes e dois cartões de identificação e que os números dos documentos paraguaios correspondiam a duas senhoras do bairro de San Felipe, em Assunção.

“Tenho a prova de que alertei o ministro. Informei-o via WhatsApp que esses dados não estão incluídos no sistema e que ele aparecia como naturalizado”, garante. “Mas ele me deixou à vista. Me refiro à evidência. Tenho a evidência de que alertei o Ministério do Interior e o Diretor de Identificação. Enviei a ele as fotos do passaporte e coloquei que não estavam no sistema.”

Em vez de ser logo detido, o craque foi escoltado por policiais, a pedido dos organizadores do evento para o lançamento do seu livro “Gênio da vida”. Ele também participaria do lançamento de um programa social destinado a crianças organizado pela Fundação Fraternidade Angelical.

A escolta foi feita a pedido do Grupo Beck para que dois motoristas do Grupamento Especializado da Polícia e uma patrulha fizessem a segurança do jogador desde a sua chegada, no dia 4, até o dia 7 de março (esta sexta-feira), data prevista para a saída dele do Paraguai.

“Eu o informei sobre minhas ações. No entanto, a polícia o acompanhou desde que ele chegou até tarde da noite. Com base no que eles o escoltaram? Por que se eles tivessem esses dados, não me denunciaram e detiveram Ronaldo?”, questionou o diretor de migrações.

O Ministério Público decidiu pela acusação de três pessoas: o empresário Wilmondes Sousa Lira, apontado como responsável pela obtenção dos documentos adulterados, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero, responsáveis originais pelos números presentes nos passaportes de Ronaldinho e Assis.

Detidos novamente

Na noite dessa sexta-feira, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão-empresário Roberto de Assis Moreira voltaram a ser detidos em Assunción, capital do Paraguai. A dupla, que é investigada por entrar no país com passaportes adulterados, já se preparavam a voltar ao Brasil — o próprio juiz que ouviu os brasileiros chegou a informar que eles tinham livre circulação para ir e vir.

O MP (Ministério Público) local confirmou ter pedido a prisão de ambos por uso de documento público de conteúdo falso, motivo que levou as autoridades da capital a os deterem na noite de quarta-feira. Em um primeiro momento, a Promotoria havia decidido não acusar formalmente os brasileiros, pois eles “reconheceram o erro”.

Mas na tarde passada o juiz Mirko Valinotti rejeitou a recomendação e ordenou que o caso continuasse sob investigação das autoridades do país. Agora, o Ministério Público terá até dez dias para apresentar à Justiça um novo pedido: ou os promotores continuam com a solicitação de liberar Ronaldinho e o irmão do caso ou os dois serão formalmente denunciados.

 

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https://www.osul.com.br/ronaldinho-gaucho-recebeu-homenagem-em-assuncion-horas-antes-de-ser-detido-no-paraguai/ Ronaldinho Gaúcho recebeu homenagem em Assunción horas antes de ser detido no Paraguai 2020-03-06
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