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Brasil Roseana Sarney tentará retomar o governo do Maranhão com o aval do presidente Michel Temer

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O anúncio foi feito na semana passada. (Foto: Banco de Dados)

Afastada da política desde que deixou o governo do Maranhão em 2014, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) vai disputar o governo estadual pela quinta vez, com o aval e apoio do presidente Michel Temer (PMDB).

O anúncio foi feito na semana passada em entrevista ao jornal “O Estado do Maranhão” e à rádio Mirante FM, ambas de propriedade da família Sarney.

“Após muito refletir sobre o momento político do Brasil e do Maranhão, seus problemas e desafios, e entendendo o desejo dos maranhenses que reconhecem o trabalho que realizei ao longo de inúmeros mandatos que exerci, coloco o meu nome à disposição do meu partido”, afirmou a ex-governadora ao lançar-se como pré-candidata.

O anúncio da candidatura foi feito cerca de um mês depois da ex-governadora ter retornado à cena política em uma visita ao Congresso e um encontro com Temer no Palácio do Jaburu.

Na ocasião, Roseana e Temer discutiram o cenário político nacional e do Maranhão. Além do apoio do partido para a disputa eleitoral, Roseana obteve recursos para convênios federais com prefeituras maranhenses e para emendas de deputados aliados.

Roseana Sarney, de 64 anos, foi governadora do Maranhão em quatro mandatos – de 1995 a 2002 e de 2009 a 2014. O grupo político comandado por seu pai, o ex-presidente José Sarney, comandou o Estado por cerca de cinco décadas. Em 2014, contudo, o grupo perdeu as eleições para o hoje governador Flávio Dino (PC do B). Ex-deputado e ex-juiz federal, Dino derrotou o ex-senador Lobão Filho (PMDB) em uma ampla base de oposição que incluiu PSDB, PSB e setores do PT.

Ao se lançar pré-candidata, Roseana fez críticas veladas ao governo Flávio Dino sem citá-lo diretamente. Afirmou que suas gestões foram “melhores que a atual” e disse estar preocupada om os rumos do governo sob Dino. “Não sou de fugir de lutas e embates. Já demonstrei minha honestidade, seriedade, experiência”, afirmou.

Presidente estadual do PMDB, o senador João Alberto Souza (PMDB) afirma que o partido “vê com bons olhos” a entrada de Roseana na disputa. “Evidente que é ela será nossa candidata”, disse.

Além de Dino e Roseana, devem disputar o governo do Maranhão o senador Roberto Rocha (PSDB), a ex-deputada estadual Maura Jorge (Podemos), além do ex-secretário estadual Ricardo Murad (PRP), cunhado de Roseana.

O aval de Temer ao retorno de Roseana deve afastar o grupo político de José Sarney de uma possível candidatura do ex-presidente Lula (PT) em 2018.

Sarney apoiou Lula em 2002 e a a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010 e 2014. Em contrapartida, os petistas aliaram-se formalmente a Roseana nas duas últimas eleições para o governo do Maranhão.

A expectativa é que os petistas apoiem a reeleição do governador Flávio Dino no próximo ano. O partido participa da gestão de Dino na qual ocupa a Secretaria Estadual da Mulher e a Agência Estadual de Mobilidade Urbana.

O afastamento de PT e PMDB no Maranhão já vinha sendo cogitado desde agosto, quando Lula passou pelo Estado em sua caravana pelo Nordeste, mas não encontrou publicamente com nenhum membro da família Sarney.

Além do apoio da máquina federal, Roseana terá em seu palanque o seu próprio irmão, o ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV), como candidato ao Senado.

A outra vaga para o Senado será disputada pelos hoje senadores Edison Lobão (PMDB) e João Alberto Souza (PMDB) –este último já admite que pode disputar outro cargo em 2018: “Sou um homem de partido. Qualquer coisa que o partido decidir, vou acatar”.

Já o governador Flávio Dino perdeu recentemente o apoio do senador Roberto Rocha, que trocou o PSB pelo PSDB.

Por outro lado, ganhou aliados que antes orbitavam em torno do grupo de Sarney como o PP e negocia a adesão do DEM, cujos deputados estaduais já votam com o seu governo.

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https://www.osul.com.br/roseana-sarney-tentara-retomar-o-governo-do-maranhao-com-o-aval-do-presidente-michel-temer/ Roseana Sarney tentará retomar o governo do Maranhão com o aval do presidente Michel Temer 2017-11-10
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