Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Quando atrasou o pagamento da parcela da dívida gaúcha com a União no mês de abril, deixando para fazer a quitação dia 8 deste mês, o governador José Ivo Sartori garantiu que não voltaria a usar o expediente para gastar o dinheiro com os servidores. Não foi possível cumprir a palavra, como anunciou, nesta quinta-feira, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. O dinheiro vai para os servidores.
De novo, o governo central, o eterno dono do “charque” gaúcho, terá de esperar alguns dias para embolsar mais uma prestação de uma conta que, em verdade, já foi paga mais de uma vez. Hoje, resta a pagar nada mais do que juro escorchante sobre juro escorchante. E o esfolamento dos cofres rio-grandenses ainda vai longe. O gaúcho terá que trabalhar muito para o Estado pagar o que não deve mais à União.
Salários parcelados
Não é surpresa para quem ouve desde a posse os alertas do governo José Ivo Sartori de que a situação financeira gaúcha é extremamente grave. Mais de 90% dos salários de maio dos servidores do Executivo serão depositados em dia. O restante, integrado por 7,7% do quadro ou 26,9 mil servidores, será pago em duas parcelas, sendo uma agora e a outra no dia 11 de junho.
Receberá todo o salário quem ganha até R$ 5,1 mil, o que inclui 92,3% dos vencimentos. Fala-se em vencimentos e não em servidores, porque muitos deles têm mais de uma matrícula, caso dos professores. O sacrifício não inclui o pessoal do Legislativo e do Judiciário, poderes independentes, com orçamentos próprios. Embora, claro, o dinheiro saia da mesma – e única – fonte.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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