O Rio Grande do Sul trabalha com a possibilidade de postergar para além de agosto a parcela de julho da dívida com a União, apesar do risco de bloqueios dos recursos transferidos mensalmente por Brasília para Porto Alegre. O secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, explica que a prioridade determinada pelo governador José Ivo Sartori é quitar as duas parcelas (dias 13 e 25) dos salários dos servidores do Executivo.
Desde que começou a atrasar a parcela da dívida gaúcha,em maio, o governo estadual quitou os R$ 280 mil antes da metade do mês seguinte, em tempo de evitar bloqueios de recursos da União transferidos também mensalmente para o Estado. Neste mês, a estratégia se resume a torcer que as autoridades federais tenham um pouco de tolerância diante das dificuldades e não apliquem o bloqueio determinado pelo contrato draconiano.
É justamente o risco de bloqueio que explica as datas máximas distantes (13 e 25) para o depósito das parcelas salariais pendentes. Se a União relevar o atraso e os recursos chegarem normalmente ao Rio Grande do Sul, o parcelamento será encurtado. A parcela do dia 13 poderá sair entre 10 e 12 e a do dia 25 entre 20 e 24. Se ocorrerem bloqueios parciais, os prazos serão usados para aguardar o ingresso de tributos estaduais (ICMS, principalmente).