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Rio Grande do Sul RS recebeu neste ano 429 novos profissionais do programa “Mais Médicos”

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Iniciativa tem como foco periferias urbanas e regiões distantes dos grandes centros populacionais. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Rio Grande do Sul recebeu neste ano 429 novos participantes do programa “Mais Médicos”, desenvolvido pelo governo federal. Com isso, o Estado passou a contar com 1.594 profissionais engajados à iniciativa, voltada a atividades de atenção primária à saúde em municípios de todo o País – o foco são as periferias urbanas e regiões distantes dos grandes centros populacionais.

Conforme o Ministério da Saúde, no início da atual gestão (2023), a iniciativa (criada durante o mandato da presidente Dilma Rousseff e depois interrompida pelos governos posteriores) tinha 13 mil vagas ativas. “O programa avançou, sobretudo em áreas sob maior vulnerabilidade social, atualmente contempladas por 60% do contingente do programa.

Dados oficiais contabilizam que o “Mais Médicos” foi responsável, só neste ano, por 6.729 novos profissionais em cerca de 2 mil cidades. Esse número representa mais de 25% do total de 26.756 profissionais que atuam por meio da iniciativa em um total de 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Avanços

Pela primeira vez na história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação em preceptoria de medicina de família e comunidade de R$4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento adquirido a novos profissionais em formação, ampliando assim a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.

O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.

Evento

Os resultados alcançados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no dia 6 de dezembro. Um dos palestrantes foi o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde (APS), Jerzey Timóteo, que ressaltou:

“O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Trata-se de um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família no âmbito do SUS”.

O intuito do encontro foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa. Jerzey acrescenta:

“As referências regionais são consideradas decisivas na gestão dos programas de provimento profissional na ponta do serviço, onde as pessoas moram, formam suas famílias e recebem atendimento. Elas são responsáveis por apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. São como a ponte entre o Ministério e os territórios”.

O diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária da pasta federal, Wellington Mendes Carvalho,  acrescenta:

“2025 será o ano de consolidar nosso trabalho, metas e políticas que retomamos desde o início da gestão. Com o trabalho das referências regionais, comunicamos mais com gestores, profissionais e sociedade as políticas da atenção primária à saúde, ganhamos capilaridade sem perder de vista o nosso papel de formulador de políticas públicas”.

Ainda segundo ele, “com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível também identificar os desafios de cada território e alinhar as ações, as diretrizes e os planos futuros”.

(Marcello Campos)

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